Antes de o ônibus sair do Tirio, no Rio Tavares, a barista Luciane Marques, 27 anos, senta no local que denomina como de luxo. Conseguiu uma vaga no concorrido direto do Campeche para o centro completamente lotado. Para não se atrasar precisa enfrentar a situação e acredita que algo deva ser feito em prol dos usuários do transporte coletivo. O local de luxo é a escada do coletivo ao lado de outra passageira.
—Não tem onde sentar. Neste horário não tem lugar. Quando não estamos de pé esmagados na porta. Tem que ser assim para chegar no trabalho. É uma briga conseguir este precioso local.
Para a estudante Fabiane Marques, 32 anos, os trabalhadores e estudantes que usam o transporte coletivo em Florianópolis sofrem com a atual situação.
—Deveria ter mais linhas e ônibus. É o mínimo pelo preço que pagamos.
O cabeleireiro Gilberto Rodrigues, 46 anos, entra pela porta da frente em busca de um local para sentar com sua filha. Em menos de um minuto ganha gentilmente um lugar na frente do coletivo. Trabalha no centro e sua filha está numa creche. Com a lotação máxima dos coletivos no horário que vai para o centro enfrenta muita dificuldade.
—A dificuldade existe com a superlotação. Minha sorte é ter sempre pessoas que ajudam e cedem um acento para eu ficar com ela.
Afirma que existem veículos que deveriam não estar mais na frota.
—Já presenciei pessoas com deficiência não usarem o elevador por estar quebrado. Ônibus com goteiras e sem condição de uso.
No mesmo ônibus em que ele está três passageiros dividem a escada com mais uma pessoa sentada ao lado do motor.
Depois de receber dezenas de comentários no post de ontem sobre o transporte coletivo, resolvi acompanhar a situação do Tirio.
Por Guto kuerten
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