Um mês após ser inaugurada, a Via Mangue, por bem ou por mal, alterou a rotina de grande parte das pessoas que circulam pela Zona Sul do Recife. Em geral, motoristas, passageiros de ônibus e pedestres destacam a redução do tempo gasto no trânsito como o maior benefício da nova via, aberta à circulação no último dia 13 de junho. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), a Via Mangue já absorve mais de 40% dos veículos que antes passavem pela Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem. Apesar da melhoria, principalmente na área do Pina, recifenses elencam a destruição de parte da flora e o engarrafamento em vias que antes não tinham o trânsito tão pesado como alguns dos problemas trazidos pelo corredor expresso de R$ 431 milhões.
Foto: Vitor Tavares G1 PE |
Com 4,5 quilômetros de extensão, o corredor não possui semáforos nem cruzamentos. A previsão inicial da Prefeitura era realizar todo o percurso (Pina-Boa Viagem) em menos de 10 minutos, no máximo a 60 quilômetros por hora, já que a via é monitorada por câmeras de segurança. Nesse primeiro mês, quando a média de veículos circulando na cidade foi menor que o normal, segundo a CTTU, foram registrados 28.000 veículos por dia na Avenida Domingos Ferreira. Na Via Mangue, estão circulando cerca 19.000 veículos diariamente, quase 41% dos carros que, anteriormente, faziam o percurso pela outra avenida. Essa porcentagem é maior do que a registrada nos primeiros dias da Via Mangue, quando a média de veículos era de 15.000 por dia.
De acordo com a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, o balanço no primeiro mês de funcionamento é positivo. Entretanto, a análise de impacto só poderá ser concluída mesmo no mês de agosto, quando se encerram as férias escolares. "No conjunto de circulação do território sul, a Via Mangue é positiva, sem dúvidas. Principalmente porque ela deu a possibilidade de implantação da Faixa Azul da Domingos Ferreira e se tornou mais uma alternativa para quem segue para Boa Viagem. As pessoas ganharam muito em tempo de viagem", contou. Sem a nova avenida, a instalação da faixa exclusiva de ônibus seria comprometida, devido às grandes retenções que serão identificadas na área.
Por Vitor Tavares
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