A primeira etapa da obra para a implantação do sistema BRT na Capital consiste na substituição do pavimento asfáltico por concreto nos corredores de ônibus, que permitirá maior velocidade ao transporte coletivo. As intervenções, nas avenidas Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa, tiveram início em 2012 e até o momento não foram concluídas. A mais atrasada é a da João Pessoa, que está com apenas 55% da obra pronta. A previsão atual é acabar essa etapa ainda neste ano. Posteriormente, devem ser encaminhados os terminais e as estações dos coletivos. O total de investimentos no sistema BRT nas três avenidas soma R$ 246,7 milhões.
Outra obra que tem enfrentado problemas é a duplicação da avenida Tronco. A intervenção atinge cerca de 1,4 mil famílias que precisarão ser transferidas para outras moradias. Os moradores estão obtendo liminares contra as desapropriações.
Intervenções na Protásio Alves somam 7 km
A obra se refere à construção de 7 km de corredores de pavimento de concreto e mais a implantação do terminal na avenida Manoel Elias. A construção fica entre as ruas Saturnino de Brito e Sarmento Leite. Atualmente, está com 87% do corredores concluídos, faltando apenas o trecho entre a avenida Palmeira e a rótula da Carlos Gomes, além do trecho próximo a rua Barão do Amazonas, em frente ao Colégio Santa Inês. A previsão para a conclusão da intervenção era 15 de junho deste ano.
Obras mais avançadas estão na avenida Bento Gonçalves
A intervenção inclui a qualificação de 5,9 km de corredores de ônibus, no trecho entre as avenidas Antônio de Carvalho e Princesa Isabel, com um total de 12 estações. É o corredor com andamento mais avançado, com 95% da obra concluída. Falta apenas o trecho em frente à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). A previsão inicial de conclusão deste trecho era junho de 2013. Entretanto, após fechar o contrato com as empresas construtoras, foi ampliado para junho deste ano. O custo da obra é de R$ 13,9 milhões.
João Pessoa possui apenas 55% das obras concluídas
O corredor da avenida terá aproximadamente 3,2 km de extensão e 29 estações de embarque. O projeto que está sendo executado se refere à qualificação do trecho entre a avenida Bento Gonçalves e a rua Desembargador André da Rocha. Atualmente, esse é o corredor mais atrasado da Capital, com apenas 55% da obra concluída. As intervenções ainda precisam ser feitas na elevada da João Pessoa e entre as avenidas Venâncio Aires e Ipiranga. A previsão inicial de conclusão era dezembro do ano passado. Contudo, na assinatura do contrato com a empresa responsável, a data prevista foi ampliada para setembro deste ano.
Duplicação da avenida Tronco
A duplicação da avenida Tronco, prevista há quatro décadas no plano diretor de Porto Alegre, é uma das principais obras de mobilidade da Capital. Com investimento total de R$ 156 milhões, mais de 1,4 mil famílias precisam ser transferidas para novas habitações, localizadas em um raio de 2 km. Com extensão de 5,3 km, a nova Tronco será uma alternativa viária para o deslocamento à zona Sul, em substituição às avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Padre Cacique. Até o momento, somente uma parte da avenida foi ampliada. Algumas casas já foram destruídas para as obras da via, mas o andamento está parado. Os moradores têm conseguido liminares na Justiça contra as desapropriações. Com a ordem de início do Lote 1, que vai da rótula na avenida Icaraí até 100 m da avenida Gastão Mazeron, emitida em maio de 2012, a obra deveria levar 18 meses para ser concluída.
Por Jessica Gustafson
Informações: Jornal do Comércio
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