Pelo menos 150 mil usuários do transporte coletivo de Manaus foram surpreendidos na manhã desta quarta-feira (7) com mais uma paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo na capital.
Rodoviários das empresas Via Verde, Global, Vegas, São Pedro e Líder cruzaram os braços na madrugada e permaneceram parados pelos menos até às 8h, deixando muitas paradas de ônibus completamente lotadas, principalmente nas Zonas Norte, Leste e Oeste.
O motivo da ‘greve surpresa’, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), foi o desconto de dias não trabalhados por funcionários que participaram da última paralisação geral da categoria, em abril.
Ainda conforme os líderes do movimento, os trabalhadores de uma das empresas também cobram o pagamento do ticket alimentação, férias atrasadas repasse do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O prefeito Arthur Neto, que está cumprindo agenda internacional, disse que se sentiu apunhalado pelas costas, visto que já tinha conversado com representantes dos trabalhadores e empresários e feito um acordo para que não houvesse greve durante sua ausência.
O prefeito afirmou que houve traição de ambas as partes em relação à palavra empenhada durante reunião que ocorreu em sua casa com representantes dos trabalhadores e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
Ele ameaçou tirar das empresas de ônibus os subsídios para as operações, mantendo o preço da tarifa em R$ 2,75. “Se não se entenderem, cumprirem o que acordamos, retiro o subsídio e quem for pode que se quebre”, enfatizou nas várias entrevistas que concedeu a rádios locais no começo da manhã.
Momentos depois, cerca de 8h30, os veículos começaram a sair das garagens e voltar a circular na cidade.
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