A Prefeitura de São Paulo estuda proibir a circulação de taxistas apenas em horários de pico e permitir que esses veículos continuem usando os espaços no restante do dia. A exclusão dos taxistas dos corredores foi pedida pelo Ministério Público de São Paulo à prefeitura, que apresentou um estudo mostrando que a velocidade dos ônibus é limitada em até 31,6% em razão dos táxis.
Agora, a prefeitura realizou um novo estudo separando o impacto para os ônibus nos horários de pico e nos entrepicos. “Até por recomendação do MP, decidiu-se segmentar. Separar o horário de pico do entrepico para verificar se há prejuízo para os ônibus se há prejuízo durante todo o dia ou se é possível flexibilizar”, disse Haddad.
O prefeito não especificou horário. Atualmente, o horário de pico em que o rodízio funciona na cidade é das 7h às 10 e das 17h às 20h.
Os corredores são as faixas voltadas a ônibus que ficam à esquerda de algumas avenidas da cidade, como Santo Amaro, Rebouças e Nove de Julho. Nas faixas exclusivas, os táxis já não podem circular.
Nesta quarta, o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, vai se reunir com o promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes para debater o tema. O MP deu prazo até o início de fevereiro para que a Prefeitura determinasse a retirada dos táxis dos corredores. A categoria protestou, e o promotor permitiu que os taxistas entregassem então um estudo encomendado pela categoria sobre o impacto dos táxis nos corredores.
A cidade tem atualmente 34 mil taxistas. Apesar da pressão da categoria, Haddad afirma que a decisão será técnica e que "não vai se fazer política porque é a mobilidade da cidade que está em jogo", disse.
Estudo
O primeiro estudo da Prefeitura de São Paulo mostrou que a velocidade do ônibus é limitada em 25,5% no sentido bairro-Centro e 31,6% no sentido Centro-bairro. “Se constatou o que é olhos vistos. Tudo que entra no corredor atrapalha o ônibus. A gente só não sabia o quanto. E verificamos que 1% dos usuários de carro atrapalham 99% dos usuários do transporte coletivo”, afirmou o secretário Jilmar Tatto no dia 17 de dezembro.
Na ocasião, o MP anunciou que daria prazo de 45 dias à Prefeitura de São Paulo para que os táxis perdessem a permissão de circular nos corredores.
0 comentários:
Postar um comentário