Levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) mostra que os assaltos a coletivos, em Fortaleza, subiram de 615, em 2012, para mais de 2.500, em 2013, o que representa um aumento de mais de 309%. Ainda segundo o Sindiônibus, a quantidade de assaltos a ônibus só no ano passado representou 30% de todos os assaltos registrados na última década.
“Era uma quinta-feira, às 6h30 nas proximidades da Avenida Leste-Oeste [em Fortaleza]. Dois rapazes subiram [no ônibus] e pela aparência eram menores. Um deles passou pela roleta e o outro ficou [na parte de trás do ônibus]. O que passou fez um arrastão (sic) na bolsa de todo mundo e o que ficou atrás pegou o cobrador e os {passageiros] que estavam na traseira”, relata a Lucimar Cavalcante, que testemunhou um assalto dentro de um ônibus.
Também assaltada em um coletivo, a microempresária Mônica Sousa observa alguns cuidados antes de entrar no ônibus: nada de bolsa, carteira e o celular, de modelo mais simples, fica bem escondido. 'Eu estava indo para o [Bairro] Montese quando entraram [no ônibus] três mulheres ameaçando 'se você mover um dedo vai ser furada. Deus muito medo”, relata Mônica.
O número crescente de assaltos praticados no transporte público coletivo da capital cearense não traz medo apenas aos usuários mas também, e principalmente, a que passa mais de oito horas por dia dentro deles, como motoristas e trocadores. “A gente fica com medo. Entra muita gente e nós não sabemos o que pode acontecer no minuto seguinte”, relata o motorista Josivan de Sousa. Outro motorista já sabe o que fazer em caso de assalto. “A gente liga para a garagem e tem de fazer um B.O [boletim de ocorrência] e levar para a delegacia todas as pessoas que foram assaltadas [dentro do ônibus]”, explica Marcos Paulo da Silva.
Informações: G1 Ceará
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