A edição deste sábado do Diário Oficial do Município, dia 11 de janeiro de 2014, traz uma lei sancionada pelo prefeito Fernando Haddad que estabelece uma série de diretrizes a serem seguidas na implantação e manutenção das paradas de ônibus de São Paulo, que hoje são administradas pela iniciativa privada.
A empresa Otima é responsável pela manutenção e troca de 6,5 mil abrigos de ônibus e 10 mil totens de parada. A substituição deve ser realizada até 2015, tendo início no ano passado.
Além da obrigatoriedade da relação das linhas que atendem às paradas, será obrigatória a informação da frequência dos ônibus, do primeiro e do último horário das linhas e o intervalo entre os veículos.
Hoje uma das principais queixas de quem usa o transporte coletivo a cidade de São Paulo é a fala de informação sobre os serviços.
Principalmente quem não conhece o ponto e as linhas, fica confuso em relação ao ônibus que passam ou não pela região onde a parada está instalada.
Muitas pessoas já deixaram de pegar ônibus ou se atrasaram em compromissos pela falta de informação nas paradas.
A relação das principais vias servidas pelas linhas, a origem e o destino dos ônibus e eventuais integrações com o Metrô e a CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitano também deve constar as paradas de ônibus.
A lei entra em vigor em aproximadamente 90 dias. Os autores do projeto de lei foram os então vereadores Mara Gabrilli, Goulart, Floriano Pesaro, e Marta Costa, no ano de 2010.
As informações devem estar presentes em todos os pontos, inclusive os mais distantes e de modelos mais simples.
Outro objetivo da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo que, diferentemente dos informativos dos pontos não deve inicialmente se tornar lei, é disponibilizar aplicativos para dispositivos móveis, como celulares e tablets com dados sobre o sistema de ônibus como relação de linhas, integrações com outros meios de transportes, pontos turísticos e de utilidade pública atendidos pelas linhas, intervalos e previsão em tempo real da chegada dos ônibus.
Para isso, a SPTrans – São Paulo Transporte – prevê aperfeiçoar o sistema de GPS presente hoje nos ônibus e criar uma central de monitoramento que possa interagir com outras autarquias da cidade, como a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego e a Guarda Civil Metropolitana.
Atualmente, o único sistema informatizado oficial para consulta dos passageiros é o “Olho Vivo, da SPTrans”, mas as informações são limitadas. É possível saber os horários das linhas e as condições dos corredores de ônibus.
O aperfeiçoamento do sistema de GPS deve constar como uma das exigências no próximo edital de licitação dos transportes municipais, que deve ser publicado ainda em 2014.
Informações: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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