Tiveram início os testes do Eco-ônibus K9, veículo elétrico sustentável. O ônibus, que estará disponível para a população até 21 de dezembro, fará a linha Aeroporto-Lapa, via orla, pelo mesmo valor da tarifa comum - R$ 2,80.
A viagem inaugural para apresentação foi realizada nesta terça-feira, 3, e percorreu o trajeto de ida e volta da praça Municipal ao Campo Grande.
O ônibus é produzido pela empresa chinesa Build Your Dreams (BYD) e está cedido à prefeitura pela empresa Rio Vermelho. Considerado não poluente, ele tem como diferencial a ausência de barulho e de emissão de gases.
Com capacidade para 76 passageiros, conta com sistema de suspensão que permite rebaixá-lo para o acesso de deficientes físicos.
O K9 alcança velocidade máxima de 70 km/h, alimentado por baterias de fosfato de ferro, com autonomia de 250 km com um carregamento.
Segundo o titular da Secretaria de Cidade Sustentável (Secis), Ivanilson Gomes, os testes visam chamar a atenção das empresas de ônibus para as vantagens desse modelo alternativo.
"Ele não consome diesel nem polui. O desempenho é semelhante aos modelos tradicionais, possui freios que respondem mais rápido e sobem ladeiras com mais facilidade, importante para uma cidade como Salvador", diz.
Embora considere o modelo como "eficiente e sustentável", o secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, afirma que a implantação do ônibus elétrico em Salvador esbarra em um obstáculo: o custo inicial.
"O custo ainda é alto, deve estar em torno de R$ 800 mil, enquanto um convencional chega, no máximo, a R$ 500 mil. Implantá-los é um desejo, mas não posso assegurar quando isso poderá ser feito", afirma.
Segundo Aleluia, a renda arrecadada com as viagens do ônibus elétrico será revertida para uma instituição social, que ainda não foi definida.
Usuária
A aposentada Alice Gonçalves, cadeirante, aprovou o sistema de acessibilidade do veículo: "Nos ônibus comuns sinto dificuldade ao subir, mesmo com o elevador. Nesse, a rampa é mais baixa e mais fácil de acessar".
O modelo prevê, ainda, a instalação de ar-condicionado. No entanto, durante o teste, o calor foi o que mais incomodou os passageiros. "As janelas são altas e pequenas. Com esse calor, é complicado andar nesse ônibus sem ar-condicionado", disse Vívian Barros, 32.
Por Luana Almeida
Informações: A Tarde
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