O governador Ricardo Coutinho assina na manhã desta quinta-feira (7) a ordem de serviço para o início da construção do Trevo de Mangabeira, em João Pessoa.
A obra será a 72ª autorizada dentro do Programa Caminhos da Paraíba e representa investimento de R$ 20 milhões. Seu objetivo é eliminar os constantes congestionamentos numa das principais vias de ligação com a Zona Sul da Capital.
O empreendimento é rodeado de polêmica, já que o local de construção é o mesmo em que a Prefeitura Municipal de João Pessoa queria fazer um terminal de integração no bairro onde deve funcionar o BRT.
Coutinho já havia feito a licitação para as obras e na quarta-feira (6) aconteceu uma audiência pública sobre a construção. Nesta quinta a ordem de serviço será assinada.
Sobre o terminal de BRT, o prefeito terá que construir em outro local.
Houve um laivo de maturidade da parte do prefeito Luciano Cartaxo ao dar sinais de recuo na briga contra a construção do Trevo de Mangabeira. Orientado pelo ministro Aguinaldo Ribeiro ou não, o fato é que ele entendeu que o governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB), iria fazer a obra de todo jeito, querendo a prefeitura ou não, e que gestor algum gostaria de ter no currículo a atitude de impedir uma obra em favor da cidade.
O governo fechou os olhos e bateu o pé: anunciou a obra, fez plenária no bairro para garantir apoio da população local e hoje assina a ordem de serviço. Amanhã colocará máquinas e homens para trabalhar no local. Primeiro por assegurar-se da garantia que possui documentos comprovando a posse do espaço e do direito a trabalhar no terreno a ser utilizado. Segundo e, principalmente, porque sabe da importância e do impacto positivo da obra para mobilidade urbana de João Pessoa e para o bairro, sempre cioso do próprio desenvolvimento.
Remar contra isso seria por parte da gestão municipal um suicídio administrativo. E dá um azar danado mesmo sendo o trevo de quatro folhas.
O governador também previa que seria assim. Por isso, tocou o andamento do projeto sem temer a “guerra” porque saberia que sairia ganhando mesmo perdendo. O povo quer a obra, seja lá de onde ela venha. E como venha.
Cartaxo entendeu isso e agora se coloca mais como vítima de que como vilão. Estrategicamente, está correto.
Agora, querendo fechar o ato com chave de ouro, o governo Ricardo Coutinho, depois de assegurada a paz para fazer o Trevo de Mangabeira, poderia sim chamar o prefeito Luciano Cartaxo para uma audiência e dizer: “Prefeito, em nome da cidade, vamos sim, por livre e espontânea vontade, doar um terreno para que se construa o Terminal de Integração”.
Informações: paraiba.com.br
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