As obras para construir o trecho oeste da ciclovia do Rio Pinheiros começam na segunda-feira, 4, e devem durar 90 dias. A informação foi repassada ao Estado pelo promotor de Habitação e Urbanismo Mauricio Antonio Ribeiro Lopes, que se reuniu na tarde desta quinta-feira, 31, com representantes do Metrô de São Paulo para discutir as soluções necessárias para garantir o deslocamento dos ciclistas na via exclusiva, que precisará ficar dois anos parcialmente interrompida para a construção de um trecho da Linha 17-Ouro, um monotrilho.
No início deste mês, diversos cicloativistas se mobilizaram para forçar o Metrô a oferecer alternativas de traçado durante a interrupção para as obras da Linha 17, que fecharão a ciclovia entre as Pontes João Dias e Cidade Jardim. A decisão inicial do governo do Estado de bloquear a via sem opções foi encarada como polêmica por quem utiliza a ciclovia para trabalho ou lazer.
Participaram da reunião desta quinta-feira, na sede do Ministério Público, no centro da capital, além do promotor, a gerente jurídica do Metrô, Alexandra Leonello Granado, o gerente do empreendimento da Linha 17-Ouro, Eduardo Curiati e Ivan Piccoli, chefe de departamento de projeto executivo da Linha 17-Ouro.
Os funcionários do Metrô foram apresentar à Promotoria o que julgam ser a melhor alternativa para resolver a interrupção daquele trecho. Ribeiro Lopes havia pedido há algumas semanas para que a empresa estudasse um meio de garantir o fluxo de bicicletas pela ciclovia, mesmo com as obras do monotrilho.
Segundo a ata do encontro, obtida em primeira mão pelo Estado, "foi aceita pelo Ministério Público a justificativa apresentada pelo Metrô sob os argumentos técnicos, econômicos e de segurança que das três soluções apresentadas para a transposição do Rio Pinheiros a que melhor acomodava o conjunto de interesses e direitos dos afetados seria a de interrupção da ciclovia pelo prazo de dois anos".
Fonte: Estadão
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