Um dos motivos dos protestos realizados em Curitiba em junho deste ano, a mobilidade, é o foco para investimentos de R$ 5,2 bilhões anunciados ontem pelos três governos — federal, estadual e municipal. O valor será aplicado nos próximos anos em investimentos para melhoria do transporte coletivo e a mobilidade nas ruas, incentivo a novos modais e ampliação dos existentes. O anúncio reuniu no mesmo local a presidente Dilma Rousseff, o governador Beto Richa e o prefeito Gustavo Fruet.
Os R$ 5,2 bilhões é o maior investimento da história da capital e faz parte do projeto de transformar Curitiba numa cidade efetivamente multimodal. Os recursos vão custear a implantação do metrô e de mais três projetos: a conclusão do corredor de transporte da Linha Verde, a revitalização da Linha Inter 2 e o aumento da capacidade das canaletas de ônibus.
Segundo a Prefeitura, o anúncio marca o início de um período de retomada do planejamento e da qualidade do sistema de transporte da capital. O valor anunciado inclui recursos do governo federal, do Município e do Estado. Além de finalmente ganhar sua primeira linha de metrô, Curitiba ampliará de 80 para 148 quilômetros a rede de canaletas e faixas exclusivas para ônibus, reforçando a prioridade para o transporte coletivo.
A maior parte dos recursos será aplicada na implantação da primeira fase do metrô curitibano, que terá 17,6 quilômetros, com 14 estações entre a Cidade Industrial e o Cabral (o projeto prevê mais 4,4 quilômetros até o terminal de Santa Cândida, com duas estações no trecho, numa segunda fase).
O governo federal investirá R$ 1,8 bilhão na primeira fase do projeto, com recursos do Orçamento Geral da União. A Prefeitura entrará com R$ 700 milhões e o Estado com mais R$ 700 milhões — valores a serem financiados pela União, provavelmente via BNDES. A iniciativa privada deverá aportar R$ 1,365 bilhão.
A presidenta destacou que, além de colocar recursos do Orçamento Geral da União, o governo federal vai financiar a parcela do Município e a do Estado no projeto do metrô, “em condições absolutamente diferenciadas”. Os recursos deverão ser pagos em 30 anos, com cinco anos de carência, e correção pela TJLP mais 2,5% ao ano.
“O futuro de Curitiba como cidade multimodal começa a ser escrito hoje”, disse o prefeito Gustavo Fruet, lembrando que os projetos aprovados integram o ônibus a outros modais, como o metrô e a bicicleta. “É o maior aporte de recursos que a cidade já recebeu. Um dia histórico para Curitiba, que graças à união de esforços realiza um sonho antigo.”
O governador Beto Richa destacou a necessidade de investimentos permanentes em mobilidade. “É preciso investir em novos modais, em integração e tecnologia, e hoje um grande avanço é garantido, por meio da união entre diferentes esferas de governo”, afirmou.
Informações: Bem Paraná
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