Com as recentes mudanças realizadas pela CET (Companhia de Engenharia e Tráfego), a cidade de São Paulo passou a contar com 164,4 km de faixas exclusivas para ônibus. A meta da prefeitura é cercar o centro da cidade com estes corredores a partir do dia 16 de setembro.
Esta inciativa é essencial para a resolução de um dos maiores problemas enfrentados pelas cidades na atualidade: a mobilidade urbana. O tema tem recebido notoriedade nos últimos tempos, com destaque para as manifestações sociais que aconteceram nos últimos meses e as perspectivas em relação aos grandes eventos esportivos que o País sediará nos próximos anos.
A implantação dos corredores, sem dúvida, trará maior rapidez nos deslocamentos, mas será que isto é o bastante? A preferência por transportes públicos depende de outros fatores além da agilidade. Condições mínimas de atendimento aos usuários são necessárias.
Não precisamos de dados estatísticos para avaliar as condições do transporte público na capital paulista. Basta cruzar por um ônibus ou simplesmente passar em frente a um ponto para constatar as superlotações, principalmente, em horários de picos. Poucos são aqueles que enfrentam esta situação porque têm consciência do que implica a circulação de mais um carro particular nas ruas. A maioria está ali por falta de opção. E quem tem opção, certamente, não irá se animar a encarar um ônibus pelo simples fato da agilidade.
Por Alexandre Hernandez
Informações: Exame Abril
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