Após a primeira licitação fracassada para escolher a empresa responsável pelo projeto básico de infraestrutura do ônibus de trânsito rápido, com sigla BRT em inglês, em Campinas (SP), a empresa portuguesa Engimind Brasil Consultores e Representação venceu o certame com a oferta R$ 4,895 milhões, nesta terça-feira (6), e terá dois dias para apresentar a documentação de habilitação, a planilha de custos e o cronograma básico físico-financeiro da obra.
Se a empresa portuguesa for habilitada e apresentar o projeto até o fim de outubro, haverá uma nova licitação, prevista para o fim no ano, para escolher a empresa que o executará. Para o BRT em Campinas é prevista a construção, até o fim de 2016, de áreas exclusivas para os ônibus, instalação de estações de transferência fechadas e plataformas em nível, com embarque e desembarque pela porta esquerda do veículo nos corredores do Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral.
A verba para a implantação dos corredores, no valor de cerca de R$ 340 milhões, vem do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade Urbana (PAC 2). Segundo a Prefeitura, nove empresas disputaram a licitação com 55 lances, e o teto estipulado para pagar o projeto básico foi de R$ 6,4 milhões. O valor mais alto apresentado no certame foi de R$ 13 milhões.
Trajetos
De acordo com a Prefeitura, o corredor do BRT terá 14,4km de extensão no Ouro Verde, com saída Terminal Central, e trajeto pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova. Já no Campo Grande serão 17,8 km, do Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegada no Terminal Itajaí.
Entre os corredores do Ouro Verde e Campo Grande haverá um corredor Perimetral com 4 km de extensão, para ligar a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A previsão da Prefeitura é que as obras comecem no início do ano que vem, com duração total estimada em 36 meses.
Atualmente, 20 padrão BRT fazem circulam em Campinas, segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Mas, sem os corredores exclusivos, são poucas as melhorias sentidas pela população. A previsão é que o tempo de viagem do Campo Grande ao Centro tenha redução de 31%, do Ouro Verde ao Centro a redução prevista é de 26%.
Licitação fracassada
A primeira licitação ocorreu em 20 de junho e os valores apresentados foram acima do preço máximo estipulado para elaborar projeto básico. Segundo a Prefeitura, o PAC havia disponibilizado R$ 4 milhões para o responsável pela primeira etapa do BRT, de planejamento. Com verba complementar do Ministério das Cidades a administração municipal abriu uma nova licitação, arrematada pela empresa portuguesa.
FONTE: G1 Campinas
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