A partir desta segunda-feira (1º), dois milhões de pessoas que utilizam o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) na Região Metropolitana do Recife (RMR) estarão com menos ônibus para circular nas ruas. Isto porque tem início, sem data para acabar, a greve dos rodoviários, deflagrada por não terem chegado a um acordo de reajuste salarial com os donos das empresas. Na última sexta-feira, uma liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT 6ª Região) determinou que 80% da frota dos coletivos deve ser mantida nos horários de pico, ou seja, das 5h30 às 9h e das 17h às 20h. Já nas horas com menos movimento o quantitativo deve circular com 50% do efetivo. Contudo, no dia anterior o sindicato da categoria afirmou que apenas 30% dos veículos circulariam.Cerca de três mil ônibus circulam pela RMR diariamente.
Um dos líderes da Oposição Rodoviária de Verdade, Aldo Lima não concorda com a decisão da Justiça. “Isso é um absurdo. Não existe fazer uma greve com 80% da frota rodando nas ruas. Estamos no nosso direito de greve e eles (Justiça) querem tirar. Vamos fazer a manifestação, sim, amanhã (hoje)”, revelou o sindicalista. AFolhaentrou em contato com o presidente do sindicato, Patrício Magalhães, mas até o fechamento desta edição, ele não atendeu as ligações. Caso a categoria não cumpra a medida estabelecida pelo TRT, o sindicato será punido com uma multa diária de R$ 100 mil.
Apesar dos motoristas, cobradores e fiscais reivindicarem um reajuste de 33,33%, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) ofereceu 3%. Por nota enviada à Imprensa ontem, o Urbana argumentou dizendo que os profissionais estão apresentando propostas elevadas e fora do contexto das negociações coletivas realizadas nos últimos meses, seja do setor ou fora dele. “As expectativas dos trabalhadores estão muito além do possível e seu atendimento impactaria excessivamente nos custos do transporte público”, afirma o patronato. A classe patronal ressaltou ainda que atendeu a dezenas de pleitos e de uma longa pauta de 108 reivindicações, conciliando mais de 90% deles, restando sete delas.
As empresas estão proibidas de contratar outras pessoas para substituir os grevistas e demitir qualquer um deles durante o movimento paredista. Para diminuir os transtornos, o Metrorec adicionará mais quatro trens, sendo dois em cada linha. No Centro, a quantidade aumentará de 14 para 16 veículos. Já na Sul, a ampliação passará de seis para oito trens. Tal incremento ocorrerá nos horários de pico, ou seja, das 6h às 8h 30 e das 17h às 19h 30, mas poderá ser estendido dependendo da demanda. Atualmente, os salários de motorista, cobrador e fiscal é de R$ 1,5 mil, R$ 690 e R$ 970, respectivamente. Em 2012, a greve da categoria foi feita em três dias diferentes e o valor conquistado de aumento ficou em 7,5%.
Por Wellington Silva
Informações: Folha de PE
1 comentários:
esse juiz não anda de ônibus e nem muito menos fica na quentura de um 16 horas.os rodoviário deixou a copa passar e levou um pedala Neymar,os metroviários fez a lição.
http://jailsonrecifemobilidade.blogspot.com.br/2013/07/grande-recife-greve-paraliza-o-recife.html?showComment=1372699253299#c4275110475560860048
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