As tarifas do Metrô e dos trens vão subir a partir de 1º de junho, disse nesta sexta-feira (17) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Os ônibus municipais também sobem no mesmo mês, provavelmente na mesma data, segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Tanto Alckmin quanto Haddad não informaram o percentual do reajuste. O aumento no transporte público, que normalmente ocorre no começo do ano, foi adiado após acordo do prefeito e do governador com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para ajudar a conter a alta da inflação.
A confirmação do aumento em 1º de junho foi dada por Alckmin em evento com o prefeito no qual foi assinado decreto para a cessão de área do PET, antigo Ceret, para a Prefeitura de São Paulo. "Em relação à tarifa, o reajuste é em 1º de junho. O número ainda não está fechado, tem que ser encaminhado em até cinco dias à Assembleia", disse Alckmin.
Haddad também foi questionado sobre o reajuste do ônibus. O prefeito informou que o aumento deve ocorrer no início do mês que vem e também não divulgou o valor.
"A minha orientação é que a Secretaria de Transportes faça todos os estudos, provavelmente vai ser no sábado, dia primeiro, conforme anunciado em janeiro. Cinco meses antes do reajuste, nós dissemos que ia ser em junho, no começo de junho, é o mais provável", afirmou.
Haddad disse que pediu à Secretaria de Transportes que busque um valor menor que a inflação acumulada desde o último reajuste, há dois anos. Alckmin também disse que busca um valor menor que a alta dos preços.
Alckmin e Haddad têm até 25 maio para enviar à Assembleia Legislativa e à Câmara Municipal, respectivamente, o valor do reajuste. Eles disseram que estudos estão sendo feitos para determinar a nova tarifa.
Previsão e adiamentos
A previsão de o reajuste ocorrer até o fim do primeiro semestre já havia sido informado pelo governador e pelo prefeito de São Paulo em abril. O aumento dos transportes públicos ocorria geralmente no início do ano. Desta vez, tanto Alckimin quanto Haddad optaram por adiar o reajuste a pedido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, diante da alta da inflação.
“Meu compromisso com o governo federal em função da política de combate à inflação, com a qual eu concordo inteiramente, foi postergar o reajuste. Já faz dois anos e meio do último reajuste. Então, a Prefeitura vem suportando com subsídios um período muito longo, dois anos e meio, praticamente. Nós faremos o reajuste em junho conforme anunciado", afirmou Haddad em abril.
Alckmin também justificou adiar o aumento a pedido de Mantega. “Normalmente o reajuste de trem e metrô é em fevereiro, a cada 12 meses. No sentido de colaborar e evitar a alta da inflação, nós também estamos cobrindo um subsídio importante, provavelmente também será em junho”, afirmou Alckmin no mês passado.
Informações: G1 São Paulo
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