Os metroviários haviam se reunido durante a tarde com representantes do Metrô no Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região, no centro, para tentar uma conciliação. O Metrô pediu mais uma semana para reapresentar uma nova proposta para os trabalhadores. "Dia 3 ou (o Metrô) faz uma proposta razoável para a categoria, ou dia 4 para São Paulo", disse ao microfone o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior. Ele sugeriu que a categoria vá "até o limite" para conquistar as reivindicações.
Os metroviários pedem aumento real de 14,16%, além de 7,3% de reposição salarial e reajuste de 24,3% para o vale-refeição. Há outras reivindicações, como o aumento do vale-alimentação para R$ 382,71 e equiparação salarial.
Entenda o caso: Metroviários fazem assembleia para decidir se mantêm greve
No Metrô, em caso de greve, a única linha que funcionaria sem interrupção é a 4-Amarela (Luz-Butantã), já que seus funcionários pertencem a outro sindicato. É que a Linha 4 é administrada pela iniciativa privada, por meio de uma concessão do governo do Estado.
Com isso, podem ser paralisadas as Linhas 1-Azul (Tucuruvi-Jabaquara), 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera-Palmeiras-Barra Funda) e 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze), por onde circulam, por dia, em média, quase 4 milhões de passageiros.
CPTM
Assim como os metroviários, os funcionários de quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também decidiram adiar a greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na frente da Estação Brás, na região central, por volta das 20h40.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, Alessandro Viana, foi marcada uma audiência de conciliação com a CPTM para as 14 horas de terça-feira (28). Essa entidade representa as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
Também participará dessa reunião o Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, que igualmente sinalizava com a possibilidade de interrupção das Linhas 11-Coral e 12-Safira da CPTM. Na segunda (3), a CPTM deverá apresentar uma nova proposta para a categoria, que, no mesmo dia, avaliará se a aceita ou não.
A categoria pede a reabertura das negociações com a CPTM, reposição da inflação e aumento real de 5%. Além disso, os funcionários querem vale-refeição de 25 reais e um vale-alimentação. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, que representa os empregados das Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, já havia fechado acordo com a CPTM na semana passada. Portanto, não haverá greve nesses ramais.
Outro lado
Em nota, o Metrô confirmou que, com a decisão, o transporte funcionará normalmente na terça (28). E disse que "conta com o bom senso da categoria em respeitar a solicitação" do TRT para suspender o movimento até semana que vem, "quando será feito novo encontro para negociação entre as partes".
"A Companhia realizou neste mês seis reuniões com a categoria para negociar o reajuste dos metroviários, que reivindicam, além de reajuste de 8,06%, aumento real de 14,16%. Nos últimos sete anos, a soma de aumentos chegou a 48,84%. Somente acima de inflação, foram 8,8% no mesmo período. A Companhia concede uma série de benefícios aos seus funcionários, como participação nos lucros, vales Refeição e Alimentação, auxílio médico e previdência, além de outras gratificações."
*Com informações da Agência Estado
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