O Sindicato dos Rodoviários de Salvador orquestrou, na manhã desta quinta-feira, um a paralisação surpresa no transporte público da cidade. Com a decisão, os veículos não saíram das garagens no início do dia, deixando pontos lotados em toda a cidade.
De acordo com o sindicato, a ação trata-se de um protesto contra os donos das empresas de transporte, que não desejam conceder reivindicações à categoria. Novas paralisações podem acontecer no decorrer do dia e, segundo os sindicatos, o início de uma greve é uma forte possibilidade.
A representação dos rodoviários informou que nove das 18 empresas de ônibus da capital mantiveram seus veículos nas garagens. Após as 8h, o fluxo passou a ser normalizado, mas os passageiros ainda enfrentavam dificuldades para entrar nos poucos ônibus disponíveis.
A Transalvador, órgão de trânsito da Prefeitura de Salvador, precisou intervir para regularizar a frota e remanejou linhas por toda a cidade, uma vez que os bairros mais populosos foram os mais prejudicados com a paralisação. Após o retorno das linhas, houve engarrafamentos nestas regiões. “Há mais demora também no embarque e desembarque de passageiros, já que os pontos de ônibus estão superlotados. Isso tudo agrava a lentidão do tráfego neste horário de fluxo conhecidamente intenso”, disse o superintendente do órgão, Fabrizzio Muller.
Segundo ele, o protesto dos rodoviários foi “absurdo e irresponsável”. Após o movimento, o sindicato se reunirá em assembleia para avaliar o impacto do ato e há possibilidade de haver continuidade do protesto no início da manhã de sexta com as empresas que ainda não tinham aderido.
De acordo com o presidente do sindicato, Hélio Ferreira, os rodoviários estão “abertos a negociações” e, caso não haja acordo, a greve pode acontecer em breve. Até o momento, já houve sete reuniões de negociação. Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem redução da jornada de trabalho, 15% de aumento salarial e aumento no valor do vale-alimentação.
Informações: Portal Terra
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