Trabalhadores do transporte coletivo de Cuiabá irão cruzar os braços a partir da próxima semana em protesto por melhorias salariais e de condições de trabalho. A decisão deve afetar cerca de 330 mil pessoas, segundo estimativa do número de usuários do transporte coletivo na Capital.
A deliberação pela greve geral foi tomada durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (22), no Sest/Senat.
Mary Juruna/MidiaNews |
De acordo com o diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá, Erisvaldo Pereira, mais uma assembleia será realizada na tarde de hoje, mas a decisão já está mantida.
“Os trabalhadores da manhã não aceitaram a proposta feita pelas empresas e à tarde não será diferente. Não há possibilidade de não aderirem à greve”, afirmou.
Pereira afirmou ao MidiaNews que o sindicato irá oficializar as empresas e órgãos públicos e, 72 horas após a publicação do informe, a categoria irá suspender as atividades – o que deve ocorrer a partir da próxima segunda-feira (27).
“Não tem mais negociação. Entre as empresas e o sindicato não há mais conversa. A partir de segunda-feira (27), a qualquer momento, nós paramos”, disse.
A frota atual de Cuiabá, segundo a Associação Matogrossense de Transportes Urbanos (MTU), é de 380 veículos ativos.
Rodadas de negociação
A última proposta feita à categoria pelas três empresas do setor em Cuiabá – Pantanal, Norte Sul e Integração Transportes – concedia aumento de 10,6% nos salários base dos motoristas, hoje fixado em R$ 1,5 mil, e 10% de reajuste para os demais trabalhadores do setor.
Hoje, além o vencimento bruto, os motoristas contam com uma comissão que varia de R$ 73 a R$ 193, determinada conforme o número de passageiros transportados. Com o reajuste, o abono pago ficaria entre R$ 82 e R$ 199.
Os empresários, porém, mantiveram o posicionamento de não conceder plano de saúde aos trabalhadores – o que também consta como prioridade da pauta de reivindicações da categoria.
Ao todo, foram realizadas quatro rodadas de negociação.
“Os trabalhadores querem salário-base de R$ 2 mil e o plano de saúde. Agora, vamos conversar apenas na Justiça”, afirmou Pereira.
Outro lado
A equipe jurídica da MTU informou que apenas irá se posiconar sobre a paralisação dos motoristas após receber a notificação de indicativo de greve do sindicato.
Por Lislaine dos Anjos
Informações: Midia News
0 comentários:
Postar um comentário