A ameaça de greve ronda o setor transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande. O prazo de negociações salariais para motoristas e outros profissionais chega ao fim sem acordo e com assembléia geral marcada para a semana que vem.
Na segunda-feira, 20, acontece a última rodada de negociações. O prazo da data-base para negociar se encerraria ontem, segundo o Niltinho de Assunção, diretor do Sindicato dos Motoristas.
O impasse entre trabalhadores e patrões está no valor do salário. Os motoristas querem um salário de R$ 2 mil (na carteira), plano de saúde e abono, mas as empresas ofereceram apenas 8% de reajuste, o que elevaria o salário para R$ 1.630, sem plano de saúde.
Já em relação ao abono, no valor de R$ 170, somente teriam direito os motoristas que acumulam a função de cobrador, o que aconteceria apenas em Várzea Grande, segundo Niltinho. Atualmente um motorista ganha R$ 1.507 mais uma comissão que pode varia de R$ 73 a R$ 193.
Da reunião da próxima segunda-feira, às 9 horas, devem participar, além de diretores do sindicato, dois motoristas de cada empresa representando os trabalhadores.
A previsão do sindicato é que a assembleia que avaliará o resultado dessa reunião aconteça na terça ou quarta-feira. Não está descartada a aprovação de indicativo de greve.
Na última assembléia, que aconteceu semana passada, os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste de 8% e começaram a falar em possibilidade de greve. Ontem, por exemplo, sob o argumento de que o prazo para negociar se esgotaria no final do dia, um grupo de motorista começou a espalhar que haveria greve a partir deste fim de semana.
Para acalmar os ânimos foi necessária a intervenção do sindicato. A entidade mostrou a necessidade de garantir a reunião de segunda-feira, que já estava agendada, antes de oficializar as discussões sobre greve.
Informações: O Documento
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