Durante assembleia realizada na noite desta segunda-feira em São Paulo, os funcionários do Metrô decidiram adiar a greve da categoria para a próxima terça-feira (4). Inicialmente, a paralisação estava prevista para amanhã (28).
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) aumentou, em reunião realizada na tarde de hoje, a proposta de reajuste salarial de 5,3% para 6,4%. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que intermedeia a negociação, propôs que o reajuste fosse de 7,13%, segundo medição do INPC. Os representantes do governo, então, afirmaram que o valor deverá ser avaliado e uma resposta só poderá ser dada na próxima semana.
Rafaella Arcuschin/Folhapress |
Os metroviários pedem 14,16% de aumento real e mais 7,3% de reposição salarial (seguindo medição do IGP-M). Além do reajuste, a categoria quer também reajuste de 24,3% no vale-refeição (metrô oferece 5,37%), plano de carreira, jornada de 36 horas, entre outras.
O Metrô possui atualmente 9.378 funcionários, com salários que variam de R$ 1.700 (manutenção) e R$ 20 mil (gerente). São transportados em média, 3,8 milhões de pessoas no metrô em dias úteis, segundo dados de 2012.
A última greve da categoria ocorreu em 23 de maio do ano passado, quando os funcionários pararam por um dia e o rodízio foi suspenso. Antes disso, houve uma greve em agosto de 2007, quando o rodízio de veículos foi suspenso por dois dias.
Em caso de greve, apenas a linha 4-amarela do metrô permaneceria operando, já que ela é privatizada e os funcionários não são ligados ao sindicato dos metroviários.
Os funcionários da CPTM também fizeram assembleia e decidiram adiar a paralisação da categoria. Parte dos sindicatos que representam a categoria já tinham assinado acordos de reajuste salarial na semana passada, mas dois sindicatos ainda negociam.
Informações: Folha SP
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