Depois de que rodoviários de dez, das 18 empresas, demoraram de sair das garagens na manhã desta quinta-feira (16), o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) planeja apelar para a justiça contra o Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia. O assessor de relações sindicais do Setps, Jorge Castro informou que já entrou em contato com o departamento jurídico, mas o sindicato ainda não entrou na justiça.
Castro afirmou ao iBahia que os rodoviários não avisaram de nenhuma paralisação. "Eles não informaram nada [....] As pessoas não se prepararam. Isso é uma violência contra a sociedade. É uma coisa inconstitucional, ilegal, abusiva", disse o assessor. Segundo ele, o que resta ao Setps é apelar para o Ministério Público do Trabalho, para a justiça do trabalho, para que sejam tomadas providências. "Não podemos fazer muita coisa. Ficamos de mãos atadas", afirmou.
O assessor afirmou que nenhuma reunião com o Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia está marcada. O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia, Fábio Primo, afirmou que não há nenhuma mobilização agendada com os trabalhadores e que somente foram marcadas duas assembleias na próxima quarta-feira (22), às 9h e 15h.
Primo negou que a categoria tenha feito uma paralisação nesta quinta-feira. Segundo ele, os representantes dos sindicatos estiveram nas principais garagens de ônibus para um bate-papo com os funcionários para repassar a proposta do patronato de aumento salarial e do ticket de alimentação.
"Não foi uma paralisação, só reunimos os trabalhadores. E não reunimos de todas as garagens porque sabíamos do prejuízo à cidade e à população", declarou Primo, que caracterizou os encontros como "breves assembleias".
Pontos de ônibus lotados
Apesar da declaração do vice-presidente de que não houve uma paralisação geral dos funcionários das empresas de ônibus, quem precisou contar com o transporte público hoje pela manhã encontrou veículos e pontos lotados.
Em entrevista à TV Itapoan, o assessor de relações sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador (Setps), Jorge Castro, criticou o movimento. Ele solicitou uma ação do Ministério Público para punir os responsáveis e caracterizou a mobilização como uma "atitude irresponsável, violenta e desagradável dos rodoviários. É uma situação abusiva e não temos que tolerar".
*Com informações do Correio 24h
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