Quem for só de metrô vai pagar R$ 3,10. Quem usar ônibus e metrô de forma integrada vai desembolsar R$ 3,90. Estas são as tarifas que constarão no edital de licitação do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, que será lançado dentro de 20 dias.
Nesta segunda-feira, 22, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador Jaques Wagner (PT), assinaram, enfim, o contrato que repassa a gestão do metrô da capital baiana para o governo do Estado e define detalhes como o futuro preço da tarifa.
Os termos do contrato ainda têm que ser aprovados pelos vereadores das câmaras de Salvador e Lauro de Freitas e pelos deputados da Assembleia Legislativa.
O acordo prevê que caberá ao governo do Estado concluir a linha 1 do metrô, que liga Lapa a Pirajá, e construir a linha 2 do metrô, que sai da estação prevista para a Avenida Bonocô e segue pela Avenida Paralela até o município de Lauro de Freitas.
A obra será feita na modelagem de parceria público-privada e prevê investimentos de R$ 4,2 bilhões. Deste montante, R$ 1,2 bilhão virá do governo federal, R$ 1 bilhão do governo estadual.
O restante virá do consórcio que vencer a licitação para construir e gerir o metrô e da contraprestação que o governo do Estado vai arcar mensalmente como subsídio para bancar o sistema.
A expectativa é que o leilão de licitação aconteça em setembro - cerca de quatro meses depois do lançamento do edital. Vencerá o certame o consórcio que oferecer a menor contraprestação que será bancada pelo Estado.
Novela - Na solenidade de assinatura do contrato, prestigiada por políticos governistas e de oposição, o clima era de alívio de ambas as partes.
Em discurso, o governador Jaques Wagner lembrou que "muito dinheiro foi enterrado" na construção do metrô.
Ele fez um histórico traçando a descontinuidade dos projetos para dotar a capital baiana de um sistema de transporte de massa - inicialmente pensado para ser ancorado pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), depois transformado num metrô de superfície, que acabou sendo construído sobre pilares elevados.
"Com tantas mudanças, o metrô virou uma novela, uma tragédia sem fim. Esperamos dar um ponto final nisso a partir de hoje", disse.
Na mesma linha, o prefeito ACM Neto destacou a importância do acordo entre governo do Estado e prefeitura. "Quero enaltecer o espírito público desta parceria. Este acordo põe fim numa novela que se arrasta há 12 anos", destacou Neto.
Por João Pedro Pitombo
Informações: A Tarde Online
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