As obras de construção dos corredores de ônibus exclusivos do Sistema BRT (sigla em inglês para Ônibus da Trânsito Rápido) em Campinas devem começar em fevereiro de 2014. A previsão foi feita ontem (17) pelo secretário municipal de transporte, Sérgio Benassi, em audiência realizada pela Comissão Especial de Estudos (CEE) instalada na Câmara para acompanhar a implantação do Plano Municipal de Mobilidade.
De acordo com Benassi, o projeto executivo deve ser entregue ao Ministério das Cidades até outubro deste ano e, em seguida, serão mais três meses para a realização da licitação. A implantação dos corredores está prevista para ocorrer em outubro de 2015.
O Plano de Mobilidade Urbana de Campinas vai exigir investimentos de R$ 339 milhões e prevê, entre outras ações, a implantação de dois corredores de ônibus exclusivos para a operação do sistema BRT, nos eixos Ouro Verde e Campo Grande.
O sistema vai operar com ônibus articulados e biarticulados e haverá interligação entre os corredores. Além disso, estão previstas as reformas do Terminal Ouro Verde e do Viaduto Miguel Vicente Cury. No Ouro Verde serão 14,4 km de corredor exclusivo à esquerda, saindo do Terminal Central (Viaduto Miguel Vicente Cury), seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez e Camucim até o Terminal Vida Nova.
Também haverá a reforma do Vicente Cury, com a implantação de mais uma faixa de rolamento em cada sentido, na ligação com a Avenida João Jorge; reforma dos terminais Central, Ouro Verde e Vida Nova; e implantação de estações de transferência ao longo do trecho. O custo estimado do projeto é de R$ 145 milhões.
Já o Corredor Campo Grande terá 17,8 km de extensão, saindo do Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí. As obras contemplam a construção de um terminal ao lado do Terminal Multimodal e a implantação de estações de transferência ao longo da Avenida John Boyd Dunlop. O custo estimado é de R$ 155 milhões.
A estimativa é de que em 2014 os dois corredores, Ouro Verde e Campo Grande, transportem juntos cerca de 30 mil passageiros por hora nos períodos de pico. Também está definido no Plano, uma ligação entre os dois corredores, com 4 km de extensão, ligando Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT. O custo estimado da obra é de R$ 30 milhões. R$ 125 milhões já foram liberados para a primeira fase da obra – que terá início a partir do corredor Campo Grande. Numa segunda fase, serão feitos o corredor Ouro Verde e a interligação.
MALHA FERROVIÁRIA – Na audiência na Câmara, o secretário disse também que apresentou em Brasília um projeto para recuperação da malha ferroviária existente na cidade. A ideia, segundo ele, é reaproveitar o leito abandonado do VLT e de ferrovias como a Mogiana, Paulista e Sorocabana. Ele revelou que o plano já foi entregue ao governo federal.
Informações: Portal Novo Momento
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