A greve do transporte coletivo de Manaus, que aconteceria nesta quarta-feira (20), anunciada na tarde desta terça-feira (19) está oficialmente suspensa por 24 horas. A decisão aconteceu depois de uma reunião ente o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Manaus (Sinetram), intermediada pelo prefeito de Manaus, Artur Neto. Em documento assinado pelas partes, ficou definido que o sistema funcionará normalmente na manhã desta quarta-feira (20).
De acordo com Artur, os trabalhadores queriam paralisar o sistema para esperar o julgamento de uma ação trabalhista que será apreciada nesta quarta no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Manaus. A ação trata de uma convenção que definiu os direitos dos trabalhadores, que segundo o Sindicato dos Rodoviários estaria irregular.
Pelo acordo firmado na sede da Prefeitura, ficou definido que o Sindicato dos Rodoviários e os empresários acatarão o que ficar decidido no tribunal. "A greve sempre é o último recurso que o trabalhador deve procurar. Os trabalhadores do sistema não podem ser penalizados com decisões que os afetem negativamente e os empresários não podem ter perdas. Conversando chegamos a um denominador comum", disse o prefeito.
O presidente do STTRM, Josildo Oliveira, decidiu assinar o acordo. "Queríamos esperar a decisão, mas depois de conversar com o prefeito ficou decidido que vamos acatar o que a Justiça Trabalhista disser", afirmou.
O presidente do Sinetram, Algacir Gurgacz, disse que a partir de agora vai manter contato direto com os trabalhadores e que os problemas de cada empresa do sistema serão tratados de forma individual. "Antes, discutíamos tudo de uma vez só, mas cada empresa tem sua peculiaridade. Então, queremos sentar com os trabalhadores e conversar sobre cada ponto", afirmou.
Ameaça de greve
Representantes do STTRM e do Sinetram já haviam se reunido na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AM) para tentar chegar a um acordo que impedisse a greve. No entanto, na discussão, marcada por muito bate-boca, não houve acordo e a possibilidade da paralisação não foi descartada. O presidente do Sindicato dos Rodoviários Josildo Oliveira, chegou a anunciar que 30% do sistema de transporte coletivo seria paralisado, enquanto 70% continuaria trafegando com as catracas livres.
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