Os motoristas de ônibus urbano de Ribeirão Preto (SP) voltaram ao trabalho no início da tarde desta quarta-feira (23), após um acordo firmado entre representantes do Sindicato dos Empregados do Transporte Coletivo (Seturp), do Consórcio Pró-Urbano - responsável pelas empresas - e da administração municipal.
A paralisação que teve início na segunda-feira (21), ficou suspensa na terça-feira (22), mas foi retomada na manhã desta quarta teve o objetivo de pedir melhores condições de trabalho, como banheiros e locais adequados para refeições dos motoristas e mudanças na escala do horário de almoço e descanso.
O vice-presidente do Seturp, Alcides Lopes de Souza Filho, afirmou que a categoria decidiu pelo fim da greve depois que as partes aceitaram entrar em um acordo. “Na reunião foi firmado apenas um acordo verbal, mas esperamos que ele seja mantido", disse.
No período da tarde, as partes entregaram um documento com as decisões à Procuradoria Geral do Trabalho, responsável por fiscalizar o cumprimento do acordo. "Foi um movimento vitorioso, conseguimos abrir os olhos da administração para nossas condições”, disse Souza Filho.
Souza Filho explicou que uma decisão da Justiça obrigou o Consórcio Pró-Urbano a dar uma hora seguida de intervalo para os motoristas a partir de janeiro deste ano, mas a categoria quer o fracionamento dessa hora. Segundo ele, a divisão é permitida pelo Estatuto dos Motoristas, que entrou em vigor em julho do ano passado.
“Tem motorista que entra às 5h e tem que parar das 7h às 8h para almoçar. Sem contar que é preciso ter um local adequado para o intervalo, não é parar em qualquer lugar, comer e acabou”, afirmou.
Outro lado
O prefeito interino de Ribeirão, Marinho Sampaio (PMDB), afirmou que a Justiça do Trabalho determinará quais pedidos dos motoristas podem ser atendidos. "O que a Justiça determinar, será cumprido", garantiu.
Sampaio disse ainda que o processo de construção banheiros e locais adequados para refeição já foi iniciado. "O contrato do novo transporte coletivo da cidade está sendo iniciando em janeiro, obviamente que não se constroi um banheiro ou um terminal do dia para a noite. As empresas vão cumprir dentro do tempo determinado."
Informações: G1 Ribeirão e Franca
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