A partir das 8h de segunda-feira, os trabalhadores do transporte coletivo de Blumenau podem, novamente, cruzar os braços. O Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau (Sindetranscol) protocolou sexta-feira pela manhã, no Seterb, o aviso de greve.
Legalmente, após 72 horas da entrega do documento, a greve pode ocorrer. O presidente do Sindetranscol, Ari Germer, explica que durante os 15 dias de adiamento do dissídio coletivo foram feitas duas reuniões com representantes do Consórcio Siga. Porém, não houve acordo.
Germer diz que houve retrocesso nas negociações, que, antes da suspensão temporária, chegaram até o Tribunal Regional do Trabalho. O presidente do sindicato reforça que eles estão abertos às negociações. Por enquanto, o Siga não tem previsão para retomá-las.
O advogado do consórcio, José Carlos Müller diz que, além das reuniões, na quinta-feira houve uma audiência na 2ª Vara do Trabalho, em Blumenau, em razão, segundo ele, de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público por descumprimento da Lei de Greve por parte do Sindetranscol.
Entretanto, durante o encontro também não houve acordo. Agora o Siga entrará com uma solicitação para que o Tribunal Regional do Trabalho determine o cumprimento da liminar parcial concedida no início de novembro em favor do Seterb. O documento determina que haja circulação de 50% dos ônibus no período das 5h às 8h e das 17h às 19h30min (horário de pico) e com 30% da frota nos demais horários.
Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 50 mil. O estado de greve dos trabalhadores teve início em 8 de novembro. Mas a paralisação ocorreu apenas dia 9. Nos dias 12 e 14 duas reuniões chegaram a ser convocadas no Tribunal Regional do Trabalho, em Florianópolis.
A primeira não ocorreu. Na segunda não houve negociação, suspensa por conta dos ataques que aconteceram naquela semana. Por causa dos incêndios criminosos aos ônibus em várias cidades do Estado – incluindo Blumenau –, o advogado do Sindetranscol protocolou um pedido para prorrogar por 15 dias o dissídio coletivo. O prazo de prorrogação vence nesta segunda-feira.
Informações: Jornal de Santa Catarina
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