A Câmara de Rio Preto aprovou ontem projeto do prefeito Valdomiro Lopes (PSB) que permite que o município pague quase metade do valor da tarifa de transporte coletivo. O subsídio que atualmente é de 22,5% do valor da tarifa poderá chegar a 45%.
Atualmente as empresas Circular Santa Luzia e Expresso Itamarati, que formam o consórcio Riopretrans e exploram o serviço, recebem cerca R$ 12 milhões por ano. Pela lei aprovada ontem pelos vereadores, Valdomiro poderá pagar até R$ 24 milhões para as empresas de modo a manter a tarifa sem reajustes para os usuários do transporte coletivo.
Manter a tarifa “sem aumento para quem usa o ônibus” foi promessa de campanha de Valdomiro. Atualmente, a tarifa custa R$ 1,95 (para quem usa bilhete eletrônico) e R$ 2 para quem paga a passagem no veículo. As empresas devem pedir reajuste no ano que vem.
O projeto de Valdomiro foi aprovado por 12 votos. Quatro vereadores votaram contra o aumento de repasse, entre eles dois vereadores da base aliada ao prefeito. Alessandra Trigo (PSB), que criticou o governo em razão de seu projeto que obriga a presença de cobradores em todos veículos ter sido vetado pelo prefeito, chegou a dizer que a prefeitura pretende se “tornar sócia” das empresas.
“O projeto é uma carta branca. Aumenta o subsídio e não se diz por que, como e quando”, criticou a tucana.
Jorge Menezes (DEM), Pedro Roberto (PSOL) e Marco Rillo (PT) também votaram contra o projeto de Valdomiro.
“O projeto não diz de onde vai sair o dinheiro que será entregue às empresas de transporte coletivo”, acrescentou Pedro Roberto. Ele disse que Valdomiro faz “politicagem” com o subsídio que reduziu o valor da tarifa quando foi implantado.
“O projeto é uma vergonha e uma corrupção”, chegou a dizer Marco Rillo (PT).
outros/ Vereadores também aprovaram ontem projetos que cria cargos na prefeitura e no Semae e a proposta que permite ao município utilizar R$ 2 milhões da Câmara para pagar salários de servidores da saúde.
A proposta que cria cargos no Semae, total de 241, terá custo anual de R$ 6,3 milhões. Os cargos serão preenchidos por meio de concurso. Valdomiro apresentou a proposta depois de acordo com o Ministério Público do Trabalho para reduzir terceirizações no Semae.
Governo diz que projeto é ‘mal-entendido’ por vereadores que criticaram
A assessoria do prefeito Valdomiro Lopes (PSB) disse ontem que projeto que aumenta o repasse para empresas de transporte coletivo foi “mal-entendido” pelos vereadores que criticaram a proposta. A alegação foi feita pelo secretário de Comunicação, Deodoro Moreira. “Há um mal-entendido. O projeto prevê que o repasse do subsídio aumente, mas não vai chegar a 45% ao ano. Disseram na sessão que a prefeitura vai gastar R$ 20 milhões. Não tem valor ainda”, disse. O secretário afirmou que há previsão de as empresas de transporte coletivo pedirem reajuste da tarifa. Se a passagem subir, a prefeitura vai bancar o aumento para manter tarifa a R$ 2. Deodoro disse que o reajuste está previsto em contrato.
O secretário, no entanto, não informou quanto a mais a prefeitura deve gastar com subsídio no ano que vem.
Informações: Rede Bom Dia
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