Os usuários do transporte coletivo de São Luís têm passado por transtornos diariamente. Com a longa espera pelos ônibus, a superlotação que chega impedir a entrada de passageiros em horários de pico e o congestionamento do trânsito, a população ainda precisa lidar com atrasos no trabalho e nos locais de estudo.
A dona de casa Lindinalva dos Santos e a filha Carliane dos Santos moram em Iguaíba e tiveram que sair de casa de madrugada para levar às crianças ao médico. "A gente tem que sair 5h, 5h30, tudo para vir para cá pegar uma van. E bota tempo para esperar. Custa muito", disse Marinalva.
No Centro, a passagem dos veículos do transporte alternativo pelo terminal de embarque próximo ao Mercado Central dura menos de cinco minutos, mas o trajeto até o ponto final demora muito mais. Segundo os operadores do transporte alternativo, o problema está no fluxo de veículos da capital.
"O trânsito tá demais, tá caótico. A prefeitura não toma uma providência para agilizar esse trânsito. Chega na Forquilha, é um engarrafamento tremendo e aí fica complicado para gente, que é usuário do transporte coletivo", reclamou um dos usuários.
Na área Itaqui Bacanga, onde mais de 250 mil pessoas moram em 50 bairros, o ônibus demora entre meia hora e 40 minutos. Lá, apenas uma empresa tem autorização da prefeitura para atender a população. "O que fornece mesmo aqui é esse pessoal do carro pequeno. Mesmo irregular, é o que o pessoal utiliza", contou o pedreiro Brás Soares.
Os coletivos estão sempre superlotados. "É sempre esse sufoco, todo dia. Mais cedo, é pior. Você não consegue entrar", revelou a técnica em enfermagem Angelina Soares. "O transporte coletivo aqui é uma dificuldade para o ser humano", lamentou o vigilante Cláudio Castro.
Com os congestionamentos, quase sempre os usuários chegam atrasados em seus destinos. A empregada doméstica, Arionilde Marques, diz que gasta mais de uma hora todos os dias até chegar ao local de trabalho. "Todo dia chegar atrasada. Temos nossa responsabilidade também, muitas pessoas estudam e chegam atrasadas. Aí fica difícil", reclamou.
Informações: G1 Maranhão
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