De olho na modernização do transporte coletivo, Brasília é a primeira cidade brasileira que poderá ter ônibus elétricos e até uma fábrica destes veículos. É o que afirma o diretor-presidente da estatal TCB (Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília), Carlos Alberto Koch. Segundo ele, um acordo de intenções para que a indústria se instale no DF já foi assinado com uma empresa chinesa especializada neste tipo de tecnologia.
— A intenção é que Brasília crie um mercado com a possibilidade da vinda da fábrica de ônibus elétricos. Esses veículos serão tendência no transporte público.
Como este mercado ainda será iniciado no Brasil, Koch afirma que há a necessidade de um parceiro, já que o negócio, apesar de promissor, envolve riscos. Uma das possibilidades vistas por ele é a participação do governo na iniciativa. A intenção é começar com uma pequena fábrica montadora, que importará as peças da China.
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De acordo com Koch, já há um interesse de prefeituras de cidades brasileiras para a instalação deste tipo de transporte. Alguns prefeitos devem visitar Brasília para conferir a tecnologia de perto.
— Esse mercado deve surgir e se estivermos preparados, nos tornaremos um polo, que deve vender para toda a América Latina.
Cada ônibus elétrico, como o que é testado em Brasília, custa cerca de R$ 1 milhão. Um veículo comum com o mesmo padrão, que possui medidas parecidas e ar condicionado, tem custo aproximado de R$ 550 mil.
As conversas com os chineses começaram em 2011 e a condição que o GDF (Governo do Distrito Federal) impôs foi a de que os veículos pudessem ser montados no DF e não simplesmente importados prontos. Uma das vantagens é a redução de custos, além do pioneirismo, tendo em vista um mercado que tende a se formar.
A escolha de uma empresa chinesa, segundo o presidente da TCB se deve ao amadurecimento da tecnologia naquele país.
— Eles têm a frota de ônibus elétricos movidos à bateria mais antiga do mundo. Veículos desse tipo operam em Xangai, por exemplo, há seis anos.
O projeto prevê que a participação da TCB, que é mantida pelo GDF, seja a de uma sócia minoritária no negócio. As peças seriam importadas da China e montadas com mão de obra local.
Informações: R7.com
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