A Justiça exigiu na tarde desta terça-feira (02), que 70% da frota de ônibus de Bauru, SP, seja mantida no período de greve nos horários de pico. Uma liminar foi concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho e exige que o sindicato mantenha 156 dos 224 ônibus circulando nos períodos das 6 às 9 horas e das 17 às 19h30. A liminar determina ainda que 50% da frota seja mantida nos demais horários. Nesta terça-feira, nenhum ônibus saiu do pátio depois das 5 horas e 100 mil pessoas, que utilizam o serviço foram afetadas.
Nesta quarta-feira (03), será realizada uma reunião do sindicato com os trabalhadores sobre o assunto.Só depois dessa reunião é que ficara definido se o serviço será retomado ou não. Caso a determinação não seja cumprida, o sindicato será multado em R$20 mil por dia.
Em 15 dias é a segunda paralisação. Os motoristas de ônibus decidiram parar suas atividades porque se dizem insatisfeitos com a escala de trabalho, de 7 horas e 20 minutos. Mais de 200 ônibus que fazem o transporte público em Bauru não saíram da garagem. A maioria dos trabalhadores pede a redução do período de trabalho para que a pausa obrigatória imposta por uma lei trabalhista seja menor.
O procurador do Ministério do Trabalho de Bauru, José Fernando Ruiz Maturana, explica que o intervalo durante a jornada de trabalho faz parte de uma lei trabalhista, imposta às empresas de ônibus em agosto deste ano.
“Todo funcionário com jornada de mais de seis horas de trabalho deve fazer uma pausa para refeição de uma a duas horas. A empresa que não cumprir esta determinação está sujeita a ágar multa, responder a uma ação civil pública ou até mesmo criminal”, explica o procurador.
Na tentativa de impedir que a população continue sendo prejudicada, a prefeitura e a Emdurb, que gerencia o trânsito na cidade tomaram algumas medidas. A primeira foi uma ação cautelar junto ao Tribunal Regional do Trabalho, que foi atendida.
O presidente da Emdurb, Nico Mondelli, disse também que caso o serviço não seja normalizado nos próximos dias, tanto o sindicato quanto a Transurb, que administra as empresas de ônibus na cidade, serão responsabilizadas.
Informações: G1 SP
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