Empresas e trabalhadores do transporte coletivo urbano de Uberaba realizam negociação com vistas à data-base da categoria, fixada no mês de agosto. A pauta de reivindicações já foi elaborada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, e está nas mãos dos proprietários das empresas do setor. Entre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 15%.
De acordo com o presidente do sindicato, Lutério Antônio Alves, já foi realizada a primeira reunião entre os empresários e funcionários e a proposta feita pelos patrões foi descartada pelos sindicalistas. “Apresentamos uma pauta com as reivindicações que realmente queremos, mas é claro que durante a negociação pode ter mudanças.
Atualmente o motorista do transporte coletivo tem um piso salarial de R$ 1.145, ticket alimentação de R$ 9 por dia, sendo que o trabalhador recebe mesmo em dias de folga e férias, chegando a R$ 270 por mês. Em três anos, a categoria conseguiu triplicar o valor do vale-alimentação, que antes era de R$ 60 por mês. Além disso, os trabalhadores do transporte coletivo também contam com um plano de saúde.
De acordo com Lutério, o sindicato vem lutando também para combater a retirada de cobradores do ônibus. “Se dependesse da vontade dos empresários do transporte coletivo, hoje não teríamos cobradores nos ônibus, até porque em algumas cidades da região este profissional já não existe mais. Mas combatemos esta prática junto à Prefeitura, por meio da Secretaria de Planejamento, para garantir este posto de trabalho”, explica Lutério.
Atualmente existem 180 cobradores e 280 motoristas trabalhando nas duas empresas de transporte público que operam em Uberaba. Segundo Lutério, é um número pequeno de profissionais, haja vista, que deveria existir um cobrador para cada motorista. “A cada 10 motoristas temos 7 cobradores, com uma diferença de 70% do quadro”, afirma o presidente do sindicato, lembrando que a lei não proíbe a demissão destes cobradores.
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