Até amanhã a Viação Riograndense deve homologar as rescisões dos cerca de 200 funcionários que trabalhavam na empresa. A documentação está sendo encaminhada para análise do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte (Sintro/RN). A empresa decretou falência no último dia 12. Com a homologação das rescisões serão liberados os pagamentos do FGTS e seguro desemprego aos trabalhadores.
Empresa busca venda direta para aumentar ganhos com venda de veículos. Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press |
Como anunciou falência, a Riograndense terá que vender bens como ônibus, móveis e imóveis para arcar com o pagamento das rescisões trabalhistas. Em reunião realizada semana passada na Procuradoria Regional do Trabalho ficou acertado que os bens da empresa seriam levados a leilão e os recursos destinados ao pagamento das dívidas trabalhistas. "A Riograndense reconhece o débito, por isso serão leiloados os bens", disse Augusto Maranhão Valle, advogado da empresa.
O débito da empresa com os funcionários (motoristas, cobradores e pessoal de manutenção) deve chegar aR$ 4 milhões, segundo o advogado da empresa, já que o último levantamento parcial feito há alguns dias apontava uma dívida superior a R$ 3,7 milhões. O advogado disse que a empresa estuda fazer uma venda direta com o objetivo de arrecadar mais dinheiro para quitar os débitos. Nessa modalidade os bens são vendidos a um comprador mesmo antes do leilão.
De acordo com o advogado da Riograndense serão leiloados bens como máquinas e utensílios da empresa, além de um imóvel situado no município de Nova Cruz, onde atualmente funciona o mercado público da cidade, avaliado em mais de R$ 1 milhão. Os cerca de 25 ônibus da empresa também serão vendidos como forma de arrecadar fundos para quitar o débito com os funcionários.
A venda direta deve ser realizada no prazo de 30 dias, porém, o restante dos bens e utensílios será leiloado nos próximos cinco meses, antes do término do pagamento do seguro desemprego aos funcionários que atuavam na Riograndense. Os ônibus que estavam sob custódia do Sintro foram levados para a garagem da Riograndense localizada no bairro Cidade da Esperança, desde o último sábado. "Tudo foi acordado e o Sintro tem livre acesso à garagem", afirmou o advogado.
Fonte: Diário de Natal
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