Cidade de abertura da Copa das Confederações e de sete partidas do Mundial, Brasília tem duas obras de mobilidade previstas para a Copa de 2014. As intervenções, no entanto, não ficarão prontas a tempo de serem utilizadas durante o megaevento.
De acordo com governo do Distrito Federal (GDF), o processo de licitação do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve ser concluído "em curto prazo", sem definir uma data. A intenção é enquadrar o projeto do VLT no Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modelo que flexibiliza as licitações de obras vinculadas à Copa e à Olimpíada. A sanção da lei que estende o RDC às obras do PAC foi publicada no Diário Oficial da União na última semana.
Com investimento de R$ 277 milhões (R$ 263 milhões vindos da Caixa Econômica Federal), a obra do VLT faz parte da Matriz de Responsabilidades da Copa, documento que lista os projetos de mobilidade essenciais para o período da competição. A intenção era que a intervenção começasse há quatro meses, com término previsto para dezembro de 2013.
A construção do modal enfrenta problemas desde 2009. Na ocasião, o edital de licitação foi lançado pelo governo. Colocada sob suspeita pela Justiça do Distrito Federal, a obra foi suspensa em abril do ano passado. Vencedor da licitação, o consórcio formado pelas empresas Daclon, Altran/TCBR e Veja Engenharia entrou com recurso contra a medida em agosto.
O governador Agnelo Queiroz miminizou a ligação da obra com a Copa. Segundo ele, o VLT é uma obra importante para Brasília e será realizada com ou sem vínculo ao Mundial de 2014.
O primeiro trecho do VLT ligará o aeroporto Juscelino Kubitschek à Asa Sul e terá 6,5 km de extensão. O atraso na construção do VLT também prejudica a outra obra de mobilidade de Brasília. Isso porque a duplicação da rodovia DF-047, via dá acesso ao aeroporto da capita federal, depende das obras do VLT para sair da fase de projetos. Com início marcado para janeiro de 2012, a obra está orçada em R$ 103,4 milhões, com R$ 98 milhões financiados pela Caixa.
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