A velocidade média do trânsito em Campinas vem sofrendo uma queda de 1,5% ao ano. Nesse ritmo, se nada for feito para melhorar a fluidez, em 30 anos será tão rápido andar a pé quanto de carro ou ônibus na cidade. Estudos da Secretaria Municipal de Transportes apontam que, nos principais eixos de transporte, a velocidade média já é de 18 km/h ao longo do dia, caindo para 15 km/h nos momentos de pico. Na prática, os veículos têm circulado no rush mais devagar do que Paul Tergat, o corredor campeão da São Silvestre que faz 20,8 km/h.
A média em Campinas se aproxima do ritmo que uma galinha pode atingir (14km/h). Até carroças puxadas por dois cavalos, que andam a 26 km/h, desenvolvem velocidade superior às verificadas nos principais eixos da cidade. “A tendência é piorar cada vez mais e a única saída é investir em transporte coletivo e corredores. Sem isso, a cidade vai parar em pouco tempo”, afirmou o secretário André Aranha. Se locomover pela cidade, disse, será cada vez mais difícil. A frota, de mais de 750 mil veículos, cresce 5% ao ano, embora no ano passado esse crescimento tenha sido de 7%, enquanto a população cresceu pouco mais de 1%.
Os dois corredores de ônibus projetados para os próximos quatro anos estarão saturados em 30 anos e haverá necessidade, segundo o secretário, de começar a agir bem antes desse tempo para ter uma solução complementar. “Nós começamos a pensar o corredor da Avenida John Boyd Dunlop em 2001”, comparou.
Campinas tem nove grandes eixos radiais que, ao longo do tempo, segundo Aranha, irão precisar de investimentos em BRTs. O Corredor Central, que é uma via perimetral, terá que passar por uma evolução e outras perimetrais terão de receber corredores. Os grandes eixos de Campinas hoje são o Centro e as vias que levam os Amarais, Sousas e Joaquim Egídio, Barão Geraldo e Unicamp, Valinhos, Lix da Cunha, a Campinas/Mogi e a Santos Dumont.
“Campinas tem que pensar em transporte de alta capacidade e começar a projetar, desde já, transporte sobre trilhos, porque os corredores de ônibus têm capacidade limitada”, afirma o consultor em trânsito João Dorivaldo dos Santos — pode ser VLT ou metrô, afirmou. “O importante é ter um sistema de alta capacidade de transporte e um bom gerenciamento, para que a cidade não pare”, disse.
O secretário de Transportes lembrou que a perda de velocidade no trânsito e a consequente perda de tempo das pessoas, poderá significar um item negativo na atração de investimentos para Campinas. “As intervenções precisarão ocorrer sob pena de investimentos migrarem para a região”, disse.
Nas ruas, a opinião dos motoristas é unânime: o trânsito está cada vez pior. O publicitário Miguel Alvez, de 56 anos, disse que gasta pelo menos três horas por dia no trânsito. “Eu acho que é uma coisa meio sem solução, a tendência é piorar”, afirmou. Quem sofre do mesmo problema é o eletricista Raimundo Nonnato Silva, de 37 anos. Ele roda para chegar aos clientes e sofre com o trânsito. “Do jeito que estão comprando carro por aí, vai ficar cada vez pior”, disse.
Mais carros nas ruas, maior o problema
Para a vendedora Christiane Moraes, de 33 anos, a maior quantidade de carros circulando também é um problema. “Com essa facilidade de se comprar carro, só vai piorar”, informou. Ela reclama também do trânsito e dos motoristas. “Os semáforos são muito demorados, as pessoas cruzam semáforos fechados, fecham cruzamento. Isso só vai piorar”, afirmou.
O caos no trânsito faz com que algumas pessoas acabem evitando sair nos horários de pico, como o administrador Rodrigo Mendes, de 23 anos. “O trânsito está cada vez pior, eu evito sair aqui em Campinas entre 16h e 19h”, disse. Para ele, algumas medidas poderiam ser tomadas para melhorar a situação. “Eu acho que deviam colocar mais semáforos. Em algumas vias fica uma disputa entre pedestre e motorista, vai quem tiver mais coragem”, afirmou.
A média em Campinas se aproxima do ritmo que uma galinha pode atingir (14km/h). Até carroças puxadas por dois cavalos, que andam a 26 km/h, desenvolvem velocidade superior às verificadas nos principais eixos da cidade. “A tendência é piorar cada vez mais e a única saída é investir em transporte coletivo e corredores. Sem isso, a cidade vai parar em pouco tempo”, afirmou o secretário André Aranha. Se locomover pela cidade, disse, será cada vez mais difícil. A frota, de mais de 750 mil veículos, cresce 5% ao ano, embora no ano passado esse crescimento tenha sido de 7%, enquanto a população cresceu pouco mais de 1%.
Os dois corredores de ônibus projetados para os próximos quatro anos estarão saturados em 30 anos e haverá necessidade, segundo o secretário, de começar a agir bem antes desse tempo para ter uma solução complementar. “Nós começamos a pensar o corredor da Avenida John Boyd Dunlop em 2001”, comparou.
Campinas tem nove grandes eixos radiais que, ao longo do tempo, segundo Aranha, irão precisar de investimentos em BRTs. O Corredor Central, que é uma via perimetral, terá que passar por uma evolução e outras perimetrais terão de receber corredores. Os grandes eixos de Campinas hoje são o Centro e as vias que levam os Amarais, Sousas e Joaquim Egídio, Barão Geraldo e Unicamp, Valinhos, Lix da Cunha, a Campinas/Mogi e a Santos Dumont.
“Campinas tem que pensar em transporte de alta capacidade e começar a projetar, desde já, transporte sobre trilhos, porque os corredores de ônibus têm capacidade limitada”, afirma o consultor em trânsito João Dorivaldo dos Santos — pode ser VLT ou metrô, afirmou. “O importante é ter um sistema de alta capacidade de transporte e um bom gerenciamento, para que a cidade não pare”, disse.
O secretário de Transportes lembrou que a perda de velocidade no trânsito e a consequente perda de tempo das pessoas, poderá significar um item negativo na atração de investimentos para Campinas. “As intervenções precisarão ocorrer sob pena de investimentos migrarem para a região”, disse.
Nas ruas, a opinião dos motoristas é unânime: o trânsito está cada vez pior. O publicitário Miguel Alvez, de 56 anos, disse que gasta pelo menos três horas por dia no trânsito. “Eu acho que é uma coisa meio sem solução, a tendência é piorar”, afirmou. Quem sofre do mesmo problema é o eletricista Raimundo Nonnato Silva, de 37 anos. Ele roda para chegar aos clientes e sofre com o trânsito. “Do jeito que estão comprando carro por aí, vai ficar cada vez pior”, disse.
Mais carros nas ruas, maior o problema
Para a vendedora Christiane Moraes, de 33 anos, a maior quantidade de carros circulando também é um problema. “Com essa facilidade de se comprar carro, só vai piorar”, informou. Ela reclama também do trânsito e dos motoristas. “Os semáforos são muito demorados, as pessoas cruzam semáforos fechados, fecham cruzamento. Isso só vai piorar”, afirmou.
O caos no trânsito faz com que algumas pessoas acabem evitando sair nos horários de pico, como o administrador Rodrigo Mendes, de 23 anos. “O trânsito está cada vez pior, eu evito sair aqui em Campinas entre 16h e 19h”, disse. Para ele, algumas medidas poderiam ser tomadas para melhorar a situação. “Eu acho que deviam colocar mais semáforos. Em algumas vias fica uma disputa entre pedestre e motorista, vai quem tiver mais coragem”, afirmou.
Fonte: Correio Popular
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