O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) suspendeu a greve de ônibus, anunciada para ter início hoje, e convocou a categoria para participar de duas assembleias gerais, nesta terça-feira, às 9h e às 15h, na sede do Sintro.
Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará concedeu uma entrevista coletiva, ontem, com o objetivo de avisar que a paralisação prevista para o início desta terça-feira não seria realizada.
A medida foi tomada após audiência realizada na tarde de ontem, em caráter de urgência, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), entre o sindicato dos trabalhadores e o Sindicato das Empresas de Ônibus do Estado do Ceará (Sindiônibus). Na ocasião, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste salarial de 8,5%, o que representa ganho real de 3,45% para a categoria.
Com essa decisão, o salário dos motoristas passará dos atuais R$ 1.273,00 para R$1.381,00. O dos cobradores equivale a 60% do salário dos motoristas. Além disso, a cesta básica aumentaria de R$ 60,00 para R$ 70,00. Outro ganho seria o fim das duas "pegadas" por dia. "O que estava acontecendo é que os motoristas trabalhavam três horas de manhã e de tarde tinham que trabalhar mais quatro horas para completar a jornada de trabalho. Mas, segundo a proposta, isso não acontecerá mais", frisa Domingos Neto, presidente do Sintro.
O sindicalista chamou a imprensa para uma entrevista coletiva na noite de ontem, a fim de informar a suspensão da greve. Ele afirma que, apesar de não ser o reajuste que a categoria almejava, as propostas são interessantes e apresentaram avanços. Contudo, deixa claro que o estado de greve está mantido e que, somente hoje, a categoria decidirá, em assembleia, se aceita a contraproposta dos patrões. "A categoria é soberana, somente ela poderá dizer se terá ou não greve", salienta. A reivindicação inicial da categoria era de reajuste salarial de 25%. Depois baixaram para 15%, valor que está mantido.
Impasse
Alguns pontos das reivindicações, entretanto, deixaram de ser atendidos pelo sindicato patronal. Dentre eles, o plano de saúde, que continuará sem ser disponibilizado aos trabalhadores, e o fim da dupla função dos motoristas de micro-ônibus, que têm de receber passagens e passar o troco para os usuários.
"Não foi possível dessa vez, mas ficou o compromisso deles (Sindiônibus) de tentar acabar com essa dupla função. A promessa é de que essa cláusula será decidida depois", afirmou Domingos Neto.
De acordo com informações do Sintro, a categoria é composta, atualmente, por 10.600 trabalhadores. Desse total, cerca de 6 mil são motoristas de ônibus e 4.600 cobradores. O transporte público da cidade de Fortaleza movimenta, diariamente, em torno de um milhão de passageiros na Capital.
Aumento
8,5% foi o percentual de reajuste apresentado pelo Sindicato Patronal aos motoristas e cobradores. O total representa ganho real de 3,45% nos salários
Prefeitura decide entrar no debate
A suspensão do início da greve dos motoristas e cobradores ocorreu após negociações e intermediações durante o dia e início da noite de ontem. No acordo, Sintro, Prefeitura de Fortaleza, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e o Sindicato das Empresas de Ônibus do Estado do Ceará (Sindiônibus) participaram.
Nesta terça-feira, acontecerão, além das assembleias comandadas pelo Sintro para decidir os rumos da greve, encontro na Prefeitura, marcado para as 17 horas, entre dirigentes do Sindiônibus, da Empresa de Transportes Urbano de Fortaleza (Eutufor) e a prefeita Luizianne Lins para discussão do processo de como serão repassados os custos desta negociação.
"A Prefeitura resolveu entrar na discussão e convocou o Sindiônibus para conversar sobre medidas que fossem tomadas para evitar o início da greve. Hoje, vamos continuar discutindo propostas concretas e fazendo esforços para que nenhum fortalezense seja prejudicado com paralisação", disse Luizianne Lins, em coletiva, ontem. Ela acrescentou que o primeiro passo é não ter a greve, que esse ponto será intermediado entre os sindicatos envolvidos. O segundo passo é se terá ou não aumento no valor da passagem, que segundo ela, se empenhará para que não ocorra.
Sindiônibus
O presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, disse ter ficado satisfeito com os entendimentos iniciais e considerou importante a proposta sugerida pelo SRTE. "Esta proposta veio com a característica de suspender a greve e, ao mesmo tempo, deixar que as partes interessadas trabalhem e que possa se chegar a um entendimento. O mais importante é que isso garanta para população que não há mais chance de paralisação dos transportes. Entendo que a greve traria prejuízos não só para a população, mas para nós e também para os rodoviários", afirmou Dimas.
O dirigente informou que, hoje, leva à prefeita os estudos dos impactos financeiros que esse reajuste vai representar.
Com essa decisão, o salário dos motoristas passará dos atuais R$ 1.273,00 para R$1.381,00. O dos cobradores equivale a 60% do salário dos motoristas. Além disso, a cesta básica aumentaria de R$ 60,00 para R$ 70,00. Outro ganho seria o fim das duas "pegadas" por dia. "O que estava acontecendo é que os motoristas trabalhavam três horas de manhã e de tarde tinham que trabalhar mais quatro horas para completar a jornada de trabalho. Mas, segundo a proposta, isso não acontecerá mais", frisa Domingos Neto, presidente do Sintro.
O sindicalista chamou a imprensa para uma entrevista coletiva na noite de ontem, a fim de informar a suspensão da greve. Ele afirma que, apesar de não ser o reajuste que a categoria almejava, as propostas são interessantes e apresentaram avanços. Contudo, deixa claro que o estado de greve está mantido e que, somente hoje, a categoria decidirá, em assembleia, se aceita a contraproposta dos patrões. "A categoria é soberana, somente ela poderá dizer se terá ou não greve", salienta. A reivindicação inicial da categoria era de reajuste salarial de 25%. Depois baixaram para 15%, valor que está mantido.
Impasse
Alguns pontos das reivindicações, entretanto, deixaram de ser atendidos pelo sindicato patronal. Dentre eles, o plano de saúde, que continuará sem ser disponibilizado aos trabalhadores, e o fim da dupla função dos motoristas de micro-ônibus, que têm de receber passagens e passar o troco para os usuários.
"Não foi possível dessa vez, mas ficou o compromisso deles (Sindiônibus) de tentar acabar com essa dupla função. A promessa é de que essa cláusula será decidida depois", afirmou Domingos Neto.
De acordo com informações do Sintro, a categoria é composta, atualmente, por 10.600 trabalhadores. Desse total, cerca de 6 mil são motoristas de ônibus e 4.600 cobradores. O transporte público da cidade de Fortaleza movimenta, diariamente, em torno de um milhão de passageiros na Capital.
Aumento
8,5% foi o percentual de reajuste apresentado pelo Sindicato Patronal aos motoristas e cobradores. O total representa ganho real de 3,45% nos salários
Prefeitura decide entrar no debate
A suspensão do início da greve dos motoristas e cobradores ocorreu após negociações e intermediações durante o dia e início da noite de ontem. No acordo, Sintro, Prefeitura de Fortaleza, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e o Sindicato das Empresas de Ônibus do Estado do Ceará (Sindiônibus) participaram.
Nesta terça-feira, acontecerão, além das assembleias comandadas pelo Sintro para decidir os rumos da greve, encontro na Prefeitura, marcado para as 17 horas, entre dirigentes do Sindiônibus, da Empresa de Transportes Urbano de Fortaleza (Eutufor) e a prefeita Luizianne Lins para discussão do processo de como serão repassados os custos desta negociação.
"A Prefeitura resolveu entrar na discussão e convocou o Sindiônibus para conversar sobre medidas que fossem tomadas para evitar o início da greve. Hoje, vamos continuar discutindo propostas concretas e fazendo esforços para que nenhum fortalezense seja prejudicado com paralisação", disse Luizianne Lins, em coletiva, ontem. Ela acrescentou que o primeiro passo é não ter a greve, que esse ponto será intermediado entre os sindicatos envolvidos. O segundo passo é se terá ou não aumento no valor da passagem, que segundo ela, se empenhará para que não ocorra.
Sindiônibus
O presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, disse ter ficado satisfeito com os entendimentos iniciais e considerou importante a proposta sugerida pelo SRTE. "Esta proposta veio com a característica de suspender a greve e, ao mesmo tempo, deixar que as partes interessadas trabalhem e que possa se chegar a um entendimento. O mais importante é que isso garanta para população que não há mais chance de paralisação dos transportes. Entendo que a greve traria prejuízos não só para a população, mas para nós e também para os rodoviários", afirmou Dimas.
O dirigente informou que, hoje, leva à prefeita os estudos dos impactos financeiros que esse reajuste vai representar.
Luana Lima / Diário do Nordeste
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