O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) enviou uma nota para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) afirmando que o Judiciário determinasse força de trabalho para dirigir os ônibus.
Em entrevista a O Imparcial, o presidente do SET, José Medeiros, disse que o objetivo da nota é a esclarecer que os empresários estão querendo cumprir a decisão de voltar ao trabalho, mas que não há mão-de-obra para o serviço. "Nós estamos sendo acusados de não estarmos disponibilizando a frota de ônibus. Mas isso é uma inverdade. Nós tentamos contratar motoristas habilitados para a função. Na terça, apareceram 400 pessoas para concorrer ao cargo, mas somente 15 tinham habilitação na categoria D, mas não tinham experiência. Então nós enviamos uma nota afirmando que estamos disponibilizando toda a nossa frota para que o TRT determine quem poderá dirigir os carros", afirmou Medeiros.
O presidente do SET afirmou também, que na sua opinião o Tribunal do Trabalho está agindo corretamente. "O TRT está agindo corretamente em tudo o que faz. Tentou fazer a conciliação, estabeleceu ordem para que os rodoviários voltassem ao trabalho, inclusive sob pena de multa. A presidente do TRT está certa, mas o Tribunal do Trabalho não tem poder sobre o transporte público, essa competência é da Prefeitura de São Luís", disse Medeiros
Medeiros afirmou que o sindicato não tem condições de conceder reajuste salarial maior que o determinado. "A presidente do TRT já determinou o reajuste de 7%, mas os rodoviários não aceitam menos de 16% e nós não temos condições nem de conceder reajuste, mas nós iríamos cumprir a decisão. Hoje nós sofremos uma defasagem de 7% no sistema de transporte, fora o aumento dos trabalhadores", explicou o presidente.
O presidente do SET garantiu que o prefeito João Castelo tem ciência da situação de defasagem do sistema de transporte público. "Desde fevereiro de 2011 o prefeito sabe das nossas dificuldades. Naquele ano, nós concedemos reajuste para os trabalhadores, mesmo sem condição de fazer isso, mas fizemos porque o prefeito havia se comprometido em reajustar as tarifas dos ônibus. Desde maio de 2011, quando concedemos o reajuste, nós estamos enviando relatórios periódicos informando a situação, mas nada foi feito. No começo deste ano foi a mesma coisa, nós procuramos o prefeito e dissemos que não teríamos condições de dar reajuste se não fosse aplicado um reajuste tarifário. Nós queremos conceder o reajuste, mas não temos como", finalizou José Medeiros.
Fonte: O Imparcial
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