Uma série de falhas nas linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prejudicou aproximadamente 195 mil passageiros na manhã desta quarta-feira. Com interrupções momentâneas e circulação mais lenta das composições, houve superlotação dentro e fora das estações, com vários transtornos para quem tentava embarcar.
De acordo com o Metrô, uma pane no sistema pneumático de um trem na estação Pedro II, na Linha 3-Vermelha, fez com que as composições circulassem com velocidade reduzida até as 7h21, prejudicando 100 mil pessoas que dependem do transporte. Em razão do problema, por medida de segurança e para evitar acúmulo de usuários nas plataformas, o Metrô implantou estratégia de contenção de fluxo de embarque nas estações nesse trecho, que tem uma demanda diária de 1,4 milhão de pessoas. De acordo com a empresa, a composição com problema seguia no sentido Palmeiras-Barra Funda e foi retirada de circulação após o incidente.
Minutos depois, por volta das 7h30, os usuários do metrô se depararam com outro problema, dessa vez na Linha 1-Azul. Segundo nota divulgada pela empresa, uma falha de tração em um trem entre as estações Vila Mariana e Santa Cruz, fez com que as demais composições circulassem com velocidade reduzida. O trem com defeito foi esvaziado na estação Santa Cruz e retirado de circulação. Nesse eixo, onde são transportadas, diariamente, cerca de 1,5 milhão de pessoas, o Metrô calcula que cerca de 65 mil usuários tenham sido prejudicados.
Falha na CPTM
Praticamente no mesmo horário, uma outra falha prejudicou cerca de 30 mil passageiros que utilizam a Linha 9-Esmeralda, da CPTM. De acordo com a empresa, um defeito no sistema de energia fez com que as composições trafegassem por uma única via entre as estações Granja Julieta e Santo Amaro. O problema foi resolvido às 8h10.
Praticamente no mesmo horário, uma outra falha prejudicou cerca de 30 mil passageiros que utilizam a Linha 9-Esmeralda, da CPTM. De acordo com a empresa, um defeito no sistema de energia fez com que as composições trafegassem por uma única via entre as estações Granja Julieta e Santo Amaro. O problema foi resolvido às 8h10.
Valdirene Rocha, de 25 anos, gerente de um restaurante próximo à estação de Pinheiros disse que se atrasou uma hora e meia para chegar ao local de trabalho. Para entrar no trem, ela teve de puxar a porta. "Estava uma baderna, tinha gente passando mal e minha irmã, que saiu mais cedo de casa, também teve dificuldades e chegou bem mais tarde do que o costume, no serviço."
A CPTM, porém, informou que nenhum caso de atendimento por problemas de saúde foi registrado. Por meio de nota, o Metrô e a CPTM informaram que o atendimento aos usuários do sistema de transporte foi normalizado pouco depois das 8h.
A estudante de veterinária Jéssica Dodi, de 19 anos, estava aliviada na volta para a casa ao saber que o transporte já estava normalizado, no final da manhã. Logo cedo, no entanto, disse que demorou muito para embarcar na estação Tucuruvi, na Linha 1-Azul. Depois, ao fazer baldeação para a Linha 4-Amarela e depois para a Linha 9-Esmeralda, enfrentou tumulto de passageiros. "Pelo sistema de som, avisaram que havia falta de energia e eu acabei demorando 1h20 a mais do que em outros dias para chegar na faculdade".
Com Informações da Agência Brasil
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