A odisseia da lojista Anamara de Jesus, 25 anos, começa pontualmente às 7h, no ponto do Barra-3. Para conseguir chegar ao trabalho, ela enfrenta grandes filas, muito empurra-empurra e o atraso típico do sistema de transporte urbano de Salvador.
Em média, é necessário que dois ônibus saiam abarrotados de gente para que ela finalmente consiga prosseguir viajem, em pé, diga-se de passagem, já que são poucos os que conseguem um lugar para sentar. “Essa é a realidade da Estação Pirajá. É preciso ter muita paciência e às vezes coragem, já que tem dia que temos que brigar pra conseguir entrar no ônibus”, descreve a jovem.
Em média, é necessário que dois ônibus saiam abarrotados de gente para que ela finalmente consiga prosseguir viajem, em pé, diga-se de passagem, já que são poucos os que conseguem um lugar para sentar. “Essa é a realidade da Estação Pirajá. É preciso ter muita paciência e às vezes coragem, já que tem dia que temos que brigar pra conseguir entrar no ônibus”, descreve a jovem.
Na manhã de ontem, passageiros que esperavam o Brotas também sofriam na fila. “Estou aqui há mais de uma hora. É um absurdo. Um ônibus passou vazio e não parou. Perdi meus compromissos porque não tem transporte”, afirmou o aposentado José da Silva. Na fila do Itapuã, mais reclamação. “A gente costuma esperar mais ou menos de 40 minutos à uma hora para conseguir pegar um ônibus. É um sofrimento”, resumiu o operador de telemarketing Melquisedeque dos Santos.
Para piorar, alguns aproveitam a falta de policiamento e furam a fila. “Se reclamar dá briga. E como tem muito marginal por aí, prefiro nem dizer nada. É melhor perder o ônibus do que perder a vida”, disse a dona de casa Margarida Conceição.
Segundo o diretor de transportes da Transalvador, Marcus Flores, o problema é fruto da sobrecarga da Estação e principalmente da defasagem dos corredores de transporte da cidade. Uma sonhada reforma só deve ocorrer durante a conclusão das obras do Tramo 2 do metrô, que ligará o Acesso Norte ao bairro de Pirajá. “Existe o projeto de transformá-la em uma estação multimodal. Ela será totalmente repaginada. Até lá, nenhuma grande obra deve ser feita, já que não se pode fazer um investimento que em um ano não será mais útil”, afirmou.
Quanto ao problema dos “furões” de fila, Flores afirma que apenas a polícia pode combatê-los. “Há cerca de um ano a prefeitura extinguiu os controladores de fila. Hoje em dia, quando tem uma viatura policial parada na Estação Pirajá, os mais desonestos se sentem inibidos e pegam a fila normalmente. No entanto, não é sempre que os policiais estão lá”, pontuou o diretor de transportes.
Banheiros quebrados – Os banheiros também agravam a situação da Estação. A estrutura utilizada pelos despachantes, por exemplo, possui cabines sem portas e muito lixo acumulado. “É uma vergonha. Você sai para trabalhar em uma das maiores estações de transbordo de Salvador, e ela sequer tem um banheiro digno para atender as suas necessidades”, disse um motorista.
Marcus Flores reconheceu que os banheiros não estão em boas condições, mas atribuiu os problemas à ação de vândalos. “As 20h temos que fechar o banheiro. Se não, quebram tudo”, disse.
Fonte: Tribuna da Bahia
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