O projeto de construção de um monotrilho na região do Morumbi, na Zona Oeste, divide opiniões. Associações de moradores são contra a iniciativa, alegando que não vai melhorar a mobilidade e causará degradação na área nobre. Mas quem mora na Favela Paraisópolis, por outro lado, considera que será uma boa opção de transporte.
O monotrilho será usado para a Linha 17- Ouro do Metrô e vai ligar o Morumbi até a Estação Jabaquara da Linha 1 - Azul, passando pelo Aeroporto de Congonhas. A linha toda tem a previsão de custo em R$ 3,1 bilhões.
O trecho terá aproximadamente 18 quilômetros de extensão e 18 estações: Jabaquara, Hospital Saboia, Cidade Leonor, Vila Babilônia, Vila Paulista, Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan, Morumbi, Panamby, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio do Morumbi e São Paulo-Morumbi.
Na noite de quarta-feira, a Câmara Municipal aprovou em primeira votação os projetos de lei 464/2011 e 475/2011, que viabilizam a implantação do sistema monotrilho. A obra é prevista no pacote de mobilidade urbana com o objetivo de preparar a metrópole para a Copa do Mundo de 2014.
Os dois projetos ainda precisam passar por segunda votação antes de serem sancionados pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que foi o autor das propostas. O Projeto de Lei 464 estipula plano de melhoramentos viários no Morumbi. O Projeto de Lei 475 determina melhoramentos viários no complexo de Paraisópolis.
subterrâneo /Associação dos Moradores do Jardim Sul é contra o projeto. “Com o dinheiro que será gasto, seria melhor construir um metrô subterrâneo, sem agredir as vias da região. O monotrilho não resolverá o problema da mobilidade e deixará danos irreversíveis no aspecto urbanístico”, afirmou a presidente da entidade, a pedagoga Rosa Richiter.
A Saviah (Sociedade dos Amigos da Vila Inah) também é contrária ao projeto por vários motivos: custo de implantação superior ao projetado; tecnologia ultrapassada; não atende à alta demanda; causará degradação e danos à região.
Moradores da Favela Paraisópolis, entretanto, são favoráveis à nova modalidade de deslocamento. “Não importa se o metrô será por baixo ou por cima, o que interessa é ter mais opção de transporte público”, disse o motorista Célio dos Santos, de 29 anos. “Ficará mais rápido para ir ao Centro”, ressaltou o ajudante Paulo Silva, de 28.
Fonte: Diário de SP
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