O Senado irá enviar ao Palácio do Planalto para sanção da presidente Dilma Rousseff a Política Nacional de Mobilidade Urbana, também conhecida como Lei da Mobilidade.
A lei visa a desafogar o trânsito das grandes cidades, fazendo com que os governantes priorizem o transporte coletivo, o público e o não motorizado. Entre as medidas adotadas para promover o transporte público, o projeto autoriza as prefeituras a instalarem o pedágio urbano, como o de Londres, que cobra uma taxa dos carros que entram no centro da cidade, e implantar rodízio, como o de São Paulo. São medidas que desestimulam o uso do carro e ajudam a desafogar o trânsito.
Pedágio Urbano em Londres |
De acordo com a Agência Senado, o foco da lei é o incentivo ao transporte público, afinal, 30 pessoas em um ônibus ou em um trem não congestionam uma rua, mas 30 pessoas em 30 carros, sim. Neste sentido, a lei sugere que as passagens sejam mais baratas e determina também a gratuidade para grupos como estudantes, idosos e deficientes, sem encarecer o bilhete aos demais usuários.
Transporte públicoPara garantir as gratuidades nas passagens para determinados grupos, sem aumentar o preço paras os demais usuários, o projeto sugere que as prefeituras avaliem os ganhos de eficiência das empresas privadas de transportes, que devem ser calculados no momento de reajustar as passagens.
Entre os itens que entram nos ganhos de eficiência está o do uso de faixas exclusivas para ônibus nas avenidas, que permitem a esses veículos trafegar com mais rapidez e consumir menos combustível, ou até mesmo a receita oriunda de outras fontes, como o lucro que as empresas têm quando fixam propaganda nos ônibus.
QualidadeNo entanto, para estimular o cidadão a utilizar o transporte público e deixar o carro em casa, não basta que a passagem seja barata, é preciso que o serviço tenha qualidade, que haja paradas de ônibus ou estações de metrô por toda a cidade.
Além disso, a espera não pode ser longa e os veículos precisam estar em bom estado. Para garantir isso, a Lei da Mobilidade determina que as prefeituras devem fixar metas de desempenho para as empresas de transporte. Cumpridas as metas, elas são premiadas e descumpridas, são punidas.
O objetivo da lei é impedir que os governantes insistam em responder ao crescimento da frota de veículos com a criação de mais avenidas, viadutos e túneis, que acabam servindo de estímulo para que mais carros entrem em circulação.
Fonte: Info Money
2 comentários:
Como eu disse anteriormente,se não colocar transporte público de qualidade,com ar-condicionado,diminuição no tempo de espera,conforto nos coletivos,não deixar lotar,essas coisinhas!!!! Porém que fazem grande diferença,aí sim....É possível estimular o cidadão à deixar o carro na garagem,por quê não se investi em metrô em todas as cidades??? Não querem imitar países de primeiro mundo??? Então investe-se em metrô!!!! Se o valor do pedágio for para manuntenção das rodovias e pistas locais,sou à favor....Mais é ruim,heim???
Bem, Wilson, o metrô é uma obra cara, ao final subsidiado pelo Governo Federal em cerca de 75% do custo. Nós, inclusive os técnicos, temos de ter cuidado para não pensar em pirotecnia para solução de problemas. Um sistema de ônibus integrado projetado e operado como algo sério pode ser de bom tamanho para muitas cidades. No resto, concordo com você.
Um abraço
Walter
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