Para a arquiteta e urbanista Camila Girão, “a curto prazo” transformar avenidas em sentido único é “boa alternativa”. “Mas estas operações devem ser implementadas com cautela, para não transferir a problemática para as vias locais no entorno”, ressalta Camila, que é professora da Universidade de Fortaleza (Unifor) e estuda planejamento urbano e regional.
“Neste momento, com tamanha demanda por parte dos veículos individuais, estas medidas se fazem urgentes, mas com eficiência comprometida se forem conduzidas, a médio prazo, sem considerar o processo de adensamento do solo urbano nas principais avenidas, o que pode gerar um contínuo aumento de demanda e inviabilizar tais modificações”, alerta Camila Girão.
Melhorar o transporte público e investir em outras modalidades de locomoção que não a individual são necessidades, cita a professora. “Apesar dos riscos, estas intervenções podem vir a ser uma boa oportunidade para priorizar efetivamente o fluxo do transporte coletivo, não só determinando vias exclusivas para este fim, mas dando prioridade no sistema”, reforça a professora.
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