O problema que fez as seis estações da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo ficarem fechadas por quase quatro horas na manhã desta segunda-feira (3) causou impactos também no corredor de ônibus das Avenidas Francisco Morato e Rebouças, na Zona Oeste de São Paulo. Pontos ficaram lotados, com ônibus sem espaço para os passageiros e longas filas de coletivos. Muitas pessoas desistiram do transporte e resolveram seguir a pé.
A Linha Amarela liga as estações Butantã, na Zona Oeste, e Luz, no Centro de São Paulo, e segue em caminho semelhante ao corredor de ônibus. Com as estações fechadas, muitas pessoas migraram para os veículos coletivos. No ponto que fica na Avenida Eusébio Matoso, logo após a ponte de mesmo nome, passageiros disputavam espaço para entrar nos ônibus. Era preciso passar alguns da mesma linha para conseguir embarcar. Quem vinha do bairro optava por descer e seguir a pé, devido à demora dos coletivos.
“Eu normalmente vou de Metrô do Butantã até a Paulista, mas hoje tive que voltar aos velhos tempos. Dei com a cara na porta. Demorei quase uma hora para vir até aqui, desci do ônibus e continuei a pé. Acho que vou até depois da [Avenida Brigadeiro] Faria Lima para pegar outro ônibus”, disse o analista Fernando Ferreira, antes de saber que as estações haviam voltado ao normal. “Agora que você falou que o Metrô voltou a funcionar acho que vou para lá, vai mais rápido.”
As estações voltaram a funcionar por volta das 8h20. Segundo a ViaQuatro, o fechamento ocorreu por causa de uma falha de sinalização. "Cerca de 75 mil usuários foram afetados e deixaram de ser transportados pela Linha. O problema foi detectado no sistema de sinalização (CBTC), que não permitia a circulação normal dos trens no trecho entre as estações República e Luz, recém-inaugurado. A concessionária ViaQuatro, que opera a Linha 4-Amarela, decidiu manter toda a linha inoperante, já que não era adequado operar parcialmente", diz a nota da ViaQuatro.
Pouco depois da operação ser normalizada, entretanto, ainda havia o impacto nos ônibus do corredor da Avenida Rebouças. A secretária Vanilda Ruas também seguiu por um trecho a pé para tentar agilizar seu caminho, mas não teve bons resultados. “Saí de Taboão da Serra e vou até a Paulista. Normalmente vou direto. Mas estava tudo parado depois da ponte, desci e vim a pé. Achei que aqui [no ponto de ônibus da Avenida Brigadeiro Faria Lima] ia conseguir pegar, mas eles estão passando todos cheios. Não tem condições de entrar”, contou.
Problemas
A falta de informação na Estação Pinheiros confundiu os passageiros que dependiam do transporte público nesta manhã. Enquanto a Linha 4 ficou parada, a estação estava aberta para a integração com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPMT). Entretanto, não havia nenhum aviso antes da catraca sobre o problema no Metrô – o que fez com que muitos usuários entrassem na estação achando que poderiam usar a Linha 4.
A falta de informação na Estação Pinheiros confundiu os passageiros que dependiam do transporte público nesta manhã. Enquanto a Linha 4 ficou parada, a estação estava aberta para a integração com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPMT). Entretanto, não havia nenhum aviso antes da catraca sobre o problema no Metrô – o que fez com que muitos usuários entrassem na estação achando que poderiam usar a Linha 4.
Por volta das 8h15, um grupo de pessoas aguardava no espaço entre as catracas e as escadas rolantes, esperando que o Metrô voltasse a funcionar para que não perdessem o bilhete. Elas entraram sem saber que a Linha Amarela estava parada. “Não tem nenhum aviso. Quando vi a estação aberta, achei que já tinha voltado ao normal. Estava com pressa, e só depois que passei vi as pessoas paradas e me falaram que não estava funcionando”, afirmou a vendedora Márcia Regina.
Outra usuária teve problemas para utilizar a integração entre os sistemas. Ela foi de trem de Ribeirão Pires até a Consolação. De lá, pretendia seguir pela Linha 4 até a Estação Pinheiros - trajeto que fez de ônibus gratuitamente. Entretanto, ao chegar na Estação Pinheiros, foi barrada para entrar e fazer a integração com a CPTM, seguindo para a Estação Granja Julieta. “Falaram que eu ia poder entrar de graça, mas não deixaram. Tenho que ficar me humilhando, pedindo carona. Não tenho dinheiro para comprar outra passagem”, afirmou Gildeci Ferreira. Logo depois, um funcionário da CPTM autorizou sua entrada.
Fonte: G1.com.br
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