Os constantes atrasos dos ônibus reclamados pelos usuários do transporte coletivo tem sido um dos principais fatores preocupantes para o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiro de Aracaju (Setransp). Em estudo, para avaliar a situação, o sindicato notou que os ônibus coletivos estão circulando com uma velocidade média de 14km por hora, e identificou que esta morosidade no trânsito é gerado pela falta de estrutura de mobilidade nas vias. “Além do fator principal que é a falta de corredores de ônibus nas vias da capital, os ônibus são interrompidos pela desordenação do trânsito com carros, motos e ônibus todos na mesma via, e ainda pelos inúmeros quebra-molas que podiam ser substituídos por lombadas eletrônicas e outros redutores de velocidade”, reclamou o superintendente do Setransp, José Carlos Amâncio.
De acordo com ele, o Setransp apresentou medidas que podem ser adotadas em curto prazo e a baixo custo, e que devem fazer parte do Plano Diretor de Aracaju como forma de prevenir a prioridade ao transporte público. “A gente tem procurado na medida do possível fazer nossa parte, colocando novos ônibus, investindo em tecnologia para o serviço, mas só isso não resolve. Os ônibus precisam de estrutura para circular. É preciso priorizar o transporte coletivo no Plano Diretor, por exemplo, para que as vias já sejam construídas pensando na mobilidade do transporte coletivo. Porque se temos 500 veículos que transportam cerca de 300 mil pessoas por dia, temos que valorizar esses veículos”, cobrou ele.
Segundo Amâncio, “nos últimos dez anos o transporte público viveu uma realidade de falta de estrutura viária, porque não se preocuparam em destacar essa questão no Plano Diretor. Não podemos aceitar que essa situação se repita. A nossa participação é pequena comparada à abrangência do Plano, mas acho que devem ser feitas algumas alterações no projeto de revisão do Plano Diretor para promover a estrutura do serviço do transporte de massa”, ressaltou ele.
Linha férrea pode virar corredor de ônibus
Em entrevista a Rádio Jornal AM, esta semana, o superintendente Carlos Amâncio chegou a sugerir que a prefeitura transforme o espaço hoje ocupado pela linha férrea, que corta a cidade, em corredor exclusivo de ônibus. “Seria uma estrutura que somaria muito com a mobilidade e beneficiaria a maior parte da população que utiliza o ônibus”, disse ele. Já na Rádio Jovem Pan, o superintendente destacou que a cidade de Aracaju está fora do PAC de Mobilidade, e por isso perde recursos para investir no trânsito. “É uma situação difícil, que o prefeito precisa ver uma forma de resolver, porque hoje Aracaju já dá sinais de que pode viver um verdadeiro caos no trânsito no futuro, então é essencial que se pense na mobilidade urbana agora”, alertou ele.
Fonte: Faxaju
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