Às 18h, pegar ônibus na Estação da Lapa, no bairro dos Barris, em Salvador, é rotina para muitos soteropolitanos que saem do trabalho a caminho de casa. A equipe da TV Bahia fez o percurso de ônibus, nesse horário, do local até o bairro de Castelo Branco para mostrar o serviço que é oferecido ao passageiro. “Fico aqui duas horas, duas horas e meia, até 3h”, diz um estudante na fila de espera do transporte coletivo. “Esperamos em pé e piora quando tem apagão aqui”, completa a colega do rapaz.
Já dentro do ônibus da empresa BTU, que faz a linha Cajazeiras-Lapa, a situação estava apertada, muita gente em pé, mas algumas pessoas acharam que estava até confortável. “O ônibus aqui ainda está vazio, normalmente é mais cheio, só pego lotado”, comenta o vigilante Evanildo Teles.
A cozinheira Nilda Pereira, sem opção nos bancos, preferiu sentar na escada central de saída do veículo. “Vi essa vaguinha aqui, me encostei logo, porque eu sei que fica cheio todos os dias. Fico aqui mais ou menos uma hora até chegar a Castelo Branco. Prefiro ficar aqui a ir em pé, minhas pernas cansam”, diz.
Depois de enfrentar o congestionamento na Avenida Bonocô, o ônibus segue pela BR-324, onde o tráfego flui com mais facilidade. Logo em seguida, no acesso ao bairro Castelo Branco, marcha lenta de novo. O motorista Willian Lima se queixa que os carros particulares não respeitam a faixa do ônibus. “Complica muito, atrasa a nossa viagem. Saindo de Cajazeiras, indo na Lapa e passando na Barra leva geralmente quatro horas, trajeto que poderia ser feito em duas horas e meia”, conta.
“É falta de vias nas ruas, paralelas, saída, que não tem”, opina o aposentado Genebal Araújo. O ônibus chegou ao bairro Castelo Branco às 19h25, mas deve levar mais uma hora até chegar ao destino final.
fonte: G1.com.br
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