Os motoristas de ônibus de Ribeirão Preto decidem nesta quarta-feira (8) se entram em greve ou aceitam o reajuste de 8% oferecido pelas empresas responsáveis pelo transporte público da cidade.
O vice-diretor do Sindicato dos Empregados de Empresas de Transporte Urbano (Seeturp) Alcídes Lopes de Souza Filho descarta uma nova manifestação, como a ocorrida na última sexta-feira (3). “Aquela manifestação foi para chamar a atenção. As negociações já se esgotaram. Ou a categoria aceita o reajuste proposto, ou entramos em greve”, disse. Os motoristas poderão participar da assembleia, na sede do Seeturp, em dois horários: 9h30 ou 16h30.
Segundo o vice-diretor, caso a maioria opte pela greve, um documento informando os usuários e as empresas, incluindo a Justiça do Trabalho, será enviado na quinta-feira (16) pela manhã. “Se todos decidirem pela greve, é provável que a gente cruze os braços no início próxima semana. Assim que cumprirmos 72 horas”, comentou.
Funcionamento
Diferente do ocorrido na última sexta-feira (3), quando as linhas que passavam na região central ficaram paradas, a Justiça do Trabalho deve definir um contingente mínimo que deve continuar em funcionamento.
De acordo com o advogado e diretor da OAB, Daniel Rondi, o transporte público não pode parar 100%. “Por se tratar de um serviço essencial, a Justiça determina um porcentual que deve continuar em operação para que a população não seja totalmente prejudicada”, disse.
Para o promotor Carlos Cezar Barbosa, independente da nomenclatura – greve, manifestação ou paralisação – os usuários não podem ficar sem ônibus. Segundo ele, o Ministério Público aguarda uma decisão da Justiça. “O nome não pode servir como pretexto. A Justiça do Trabalho deve manifestar se a paralisação é legal ou ilegal. Ou seja, para que haja uma ação civil pública, é preciso ter uma declaração da Justiça”, explicou.
Fonte: EPTV
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