Curitiba tem cem quilômetros de ciclovias, uma das maiores malhas do País - esse trecho representa, por exemplo, a distância entre São Paulo e Campinas ou Rio de Janeiro e Teresópolis. O uso de bicicletas está incorporado ao cotidiano da cidade. Porém, ao longo dos últimos meses tem havido um número crescente de reclamações e protestos contra as condições das vias, principalmente por conta de falta de segurança e ausência de ligação entre elas. A prefeitura concorda com algumas delas e prepara mudanças no desenho das faixas.
Na capital paranaense, essas críticas levaram ao surgimento de um grupo interessado em mudar a concepção do uso da bicicleta, chamado "Bicicletada Curitiba". Vista geralmente como meio de lazer, o que os membros da Bicicletada pretendem é que o setor público seja, de fato, um meio de transporte.
“Temos uma rede mal cuidada, sem sinalização adequada e falta de uma política que mostre que o carro tem que respeitar a bicicleta e o pedestre”, critica o professor Jorge Brand, que prefere utilizar a bicicleta sempre que possível.
Para outro participante da Bicicletada de Curitiba, Gabriel Nogueira, resolver a questão não é complicado. “A infraestrutura já existe, com as milhares de ruas asfaltadas podem ser compartilhadas com as bicicletas. Só falta a prefeitura pintar algumas baratas e seguras ciclofaixas”, reforça. Ele cita ainda exemplos de cidades como Bogotá, Barcelona e Londres que incluíram a bicicleta no projeto urbanístico.
A fiscalização das ciclovias de Curitiba é feita pela Ciclo Patrulha, um grupo da guarda municipal. O problema é que, em muitos pontos, a ciclovia é um espaço compartilhado com o pedestre.
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