A Prefeitura de Ribeirão Preto estuda projetos para a área de 12 km da estrada de ferro que corta a zona Norte, desativada desde 1995, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana na região. Uma das ideias é criar corredor para o transporte de passageiros de alta eficiência, com ônibus biarticulados.
A administração municipal passa a discutir o caso porque a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), concessionária que administra a malha ferroviária na região de Ribeirão, pretende devolver a área desativada ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Com isso, a tendência é que o departamento doe para a prefeitura os terrenos, que causam hoje transtornos aos moradores do entorno. "Com a doação feita, e temos interesse nela, poderíamos duplicar um trecho da avenida Rio Pardo, no Ipiranga. A medida ajudaria a melhorar o tráfego de veículos", diz o assessor de projetos especiais da prefeitura, Ivo Colichio Junior, que afirma que o novo corredor ligaria as zonas Norte e Oeste.
Do Ipiranga, na zona Norte, os trilhos desativados margeiam a avenida Rio Pardo, depois cortam a avenida Dom Pedro 1º e seguem pelo Jardim Paiva até o campus da USP. No entanto, a antiga ferrovia começa um pouco acima da avenida Eduardo Adréa Matarazzo.
Outra proposta da prefeitura é recuperar o Barracão Estação, para transformá-lo em um museu sobre a história da ferrovia. O mecânico José Roberto Gomes, de 40 anos, diz que a área serve hoje para despejo de entulho e lixo. "Poderiam duplicar a avenida."
O aposentado Sebastião de Souza, 67, conta que até pouco tempo era ele que roçava o mato do local.
Devolução de área
Por meio da assessoria de imprensa, a FCA informou que busca devolver área da antiga ferrovia ao DNIT, porque não há condição para reativá-la. No passado, o traçado ligava Ribeirão a Sertãozinho.
A concessionária tem um projeto para construir novo ramal (leia mais ao lado). O DNIT não se manifestou sobre o caso.
A concessionária tem um projeto para construir novo ramal (leia mais ao lado). O DNIT não se manifestou sobre o caso.
Até Sertãozinho
Com a instalação do etanolduto na região de Ribeirão Preto, principalmente em Sertãozinho, a FCA pretende oferecer uma segunda alternativa para escoar a produção da região.
Por meio de assessoria de imprensa, a concessionária informa que quer disponibilizar a estrutura para que seja utilizada no futuro.
"Não chegamos a Sertãozinho saindo de Ribeirão. Temos projetos de criar um novo ramal, partindo da linha tronco. Assim, passaríamos pela área idustrial Cias Petróleo, cortaríamos a rodovia Alexandre Balbo e a zona rural, até chegar a Sertãozinho."
Fonte: Jornal da Cidade
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