A partir do dia 18 deste mês, a norma que impede que o transporte alternativo entre nos municípios de Abreu e Lima e Igarassu vai ser cumprida com rigor. Até lá, os motoristas de kombis e vans que seguem para outras cidades vão ser informados sobre as consequências do descumprimento da Lei Estadual 14.017, que proibe o transporte intermunicipal não regulamentado. A multa pode chegar em até R$ 3.400, além de retenção veículo. Antes dessa data, entretanto, o Grande Recife Consórcio de Transporte em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estarão realizando uma fiscalização educativa na BR-101 Norte, nos trechos que liga os dois municípios.
Policiais e representantes do consórcio estiveram, ontem pela manhã, no quilômetro 48 da rodovia. A equipe de fiscalização é formada por 17 policiais rodoviários federais, seis agentes do BPTran e dez fiscais de trânsito do município de Abreu e Lima. Além da ação de caráter informativo, os agentes estão fazendo uma verificação de segurança para encontrar possíveis irregularidades. “Esse tipo de transporte muitas vezes não oferece condições mínimas. Faltam cintos de segurança, extintores de incêndio e outros fatores que colocam em risco a vida dos passageiros”, contou o inspetor da PRF Carlos André.
Os horários e pontos de fiscalização vão ser alternados para captar um maior número de condutores. O inspetor alertou ainda sobre os riscos para a população dos automóveis e motoristas sem identificação para o transporte. A regulamentação deve ser feita no município correspondente a placa do veículo. Segundo o assistente de Transporte do Consórcio Metropolitano, Gustavo Fink, que está na coordenação da operação, o Grande Recife vai verificar as devidas demandas para em seguida, determinar a diminuição dos intervalos dos ônibus e aumentar a frota da linha Igarassu-Paulista.
“Alguns motoristas saem de Itamaracá e seguem até as proximidades do Hospital Miguel Arraes. Apenas os coletivos têm autorização para realizar esse trajeto”, afirmou. Populares nas paradas de ônibus informaram que não gostam da ideia, e que os coletivos têm constantes atrasos e superlotação. “Vamos perder a maneira mais rápida e confortável de ir ao nosso destino. E eu não acredito na melhora do serviço público de transporte em tão pouco tempo”, afirmou o aposentado José Alves de Lima, 72.
Fonte: Folha PE
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