O trecho de metrô entre a Praça General Osório, em Ipanema, e o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, só deverá receber passageiros em maio de 2016, faltando apenas três meses para os Jogos Olímpicos e sem que todas as estações estejam concluídas. O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, admitiu na quarta-feira que a complexidade do projeto torna o cronograma apertado demais para concluir a Estação Gávea em menos de cinco anos. O governo do estado também bateu o martelo sobre o traçado. As estações vão operar como se fossem uma extensão da linha atual, com tarifa normal (R$ 3,10). O percurso da Pavuna até a Barra levará cerca de uma hora e, da Central à Barra, 33 minutos.
A hipótese de o novo trecho (que é uma extensão da Linha 1 com parte da Linha 4) não ficar completo para 2016 foi antecipada por Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO . Também está decidido que, se um dia for construída, a Estação Gávea ficaria entre o terminal de ônibus e o estacionamento da PUC, e não na Praça Santos Dumont ou em parte do terreno do 23º BPM, como vinha sendo cogitado.
- O prazo é um fator crítico para esta obra. O que podemos garantir é que a infraestrutura chegará até a Gávea em 2016. Todas as escavações necessárias serão feitas, assim como os serviços de engenharia. O que pode acontecer é que o esqueleto da estação fique pronto e as obras sejam complementadas no futuro - explicou Lopes. - A Linha 4 deve ser aberta ao público em maio de 2016, mas a obra ficará pronta no dia 15 de dezembro de 2015, para testes de operação.
Caso a Estação Gávea não fique pronta, a linha entrará em operação com cinco novas estações: Jardim Oceânico, São Conrado, Praça Antero de Quental, Jardim de Alah e Praça Nossa Senhora da Paz, que devem começar a ser construídas em 2012. Na terça-feira, a Secretaria da Casa Civil abriu licitação para a escolha do escritório de engenharia que detalhará os projetos para as obras entre Ipanema e Gávea.
O custo das intervenções está estimado em R$ 5 bilhões, como previsto no dossiê de candidatura. O acordo do governo do estado com o Consórcio Rio-Barra e o Metrô Rio (que opera as Linhas 1 e 2) é que o estado entre com cerca de R$ 4 bilhões. O plano prevê que o Metrô Rio investiria R$ 1 bilhão na compra dos trens. Segundo Lopes, o acordo está mantido, mesmo com a decisão do governo de pedir à Agetransp uma punição contra a empresa por não ter cumprido os prazos para a entrada em operação de 114 novos trens. O acordo com o estado e a concessionária previa que eles entrassem em circulação em agosto de 2010, mas eles só começam a ser entregues no fim deste ano.
Fonte: O Globo
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