Usar o bilhete único para pagar menos na integração entre ônibus e metrô continua valendo a pena para o paulistano, mas a vantagem tem diminuído.
Isso porque o reajuste no valor da integração tem sido até maior que aquele concedido às tarifas cheias de ônibus e de metrô.
Na modalidade da integração, o bilhete único permite que o usuário tome três ônibus e um metrô, no intervalo de até duas horas, pagando um total de R$ 4,49.
Se não usasse a integração concedida pelo bilhete único, esse usuário chegaria a gastar R$ 11,90, já que só o ônibus custa R$ 3, e o metrô vai subir para R$ 2,90.
A maioria das pessoas, no entanto, acaba fazendo apenas uma viagem de ônibus e outra de metrô ao longo das duas horas. Nesse caso, portanto, a vantagem do desconto é bem menor.
Em dezembro de 2005, quando a integração foi criada com grande alarde pelo governo de São Paulo, a economia era de 27% para quem usasse um ônibus e um metrô ao longo das duas horas. Hoje, essa vantagem é de 24% -11% menor.
Se a mesma proporção de desconto do início do sistema tivesse sido mantida, a economia com gastos em transporte seria significativa em várias situações.
Uma pessoa que faz quatro viagens por dia pagando a tarifa integrada, por exemplo, no final de 12 meses, teria feito uma economia adicional de R$ 175,68.
O desconto na integração entre os dois meios de transporte é dado tanto pela prefeitura quanto pelo Estado. Nesses cinco anos, o reajuste do metrô foi de 38%, e o do ônibus, de 50%. A tarifa integrada subiu na mesma proporção que o aumento do ônibus, 50%.
A SPTrans, que cuida do ônibus, diz que a redução que dá na integração em relação à tarifa cheia sempre esteve entre 26 e 27%.
O Metrô considera pequena a queda de 11% no desconto desde o início da integração e afirma que o número de pessoas que usam o benefício está bem maior, tantos em termos absolutos quanto percentuais.
Fonte: Folha.com
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